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Gritos machistas. MP pondera avançar com investigação de crime de ódio

Aconteceu em Espanha. Alunos de uma residência universitária católica masculina ameaçaram e insultaram estudantes de uma residência feminina vizinha.

Gritos machistas. MP pondera avançar com investigação de crime de ódio

O Ministério Público espanhol revelou, esta sexta-feira, que está a ponderar avançar com uma investigação criminal de crime de ódio contra os estudantes universitários filmados a ameaçar e a insultar raparigas da residência universitária feminina Santa Mónica, em Madrid. A informação é avançada pela agência de notícias Reuters.

O caso remete ao passado domingo, dia 2 de outubro, e o vídeo tornou-se viral nos últimos dias, iniciando um debate público sobre machismo e desigualdade de género. Nas imagens ouve-se um jovem a gritar: “Prostitutas, saiam das vossas tocas como coelhas, sois umas prostitutas ninfomaníacas, juro-vos que vão todas f*** na ‘capea’ [uma festa com touradas]! Vamos, Ahuja”.

Quando o jovem termina, vários outros estudantes da residência católica do Colegio Mayor Elías Ahuja, que pertence Universidade Complutense de Madrid, aparecem nas janelas a ligar e a desligar as luzes.

Segundo um porta-voz do Ministério Público regional de Madrid, a ONG Movimento Contra a Intolerância apresentou uma queixa contra os estudantes. A mesma fonte acrescentou que ainda não teve início uma investigação oficial, estando os procuradores a analisar a queixar e a decidir se devem avançar para tribunal

Na quinta-feira, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, condenou a atitude nas redes sociais. “Não podemos tolerar estes comportamentos que geram ódio e atacam as mulheres. É especialmente doloroso ver que os protagonistas são jovens. Nem um passo atrás. As políticas de igual são necessárias. Já chega de machismo”, escreveu no Twitter.

Já numa declaração aos jornalistas descreveu o ataque como “inexplicável, injustificável e repugnante”.

Um porta-voz do Colegio Mayor Elías Ahuja confirmou à agência de notícias Efe que vários estudantes intervenientes foram identificados e expulsos, ao passo que a direção condenou as “manifestações inaceitáveis”.

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