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"Ninfomaníacas". Aluno expulso de colégio espanhol após gritos machistas

Vídeo de praxe está a chocar o país vizinho. Pedro Sánchez já reagiu.

"Ninfomaníacas". Aluno expulso de colégio espanhol após gritos machistas
Notícias ao Minuto

14:58 - 06/10/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Machismo

Um grupo de alunos do Colégio Mayor Elías Ahúja, anexo à Universidade Complutense, foi filmado, no passado domingo, a proferir insultos sexistas contra as jovens que vivem no Colégio de Santa Mónica, em Madrid.

O caso, revelado posteriormente nas redes sociais, está a chocar Espanha. No vídeo ouve-se um jovem a injuriar as raparigas, chamando-lhes vários palavrões e "ninfomaníacas". Posteriormente, um coro de vozes masculinas parece acompanhar o ofensor.

Rapidamente, as persianas das habitações começam a subir e veem-se várias pessoas a dirigirem-se às janelas, chocadas com o que está a acontecer.

Após vários dias de revolta nas redes sociais, a escola publicou um comunicado, no Instagram, não só a pedir desculpas às vítimas, como a explicar que o estabelecimento prevê a expulsão "em casos graves, como este" e que, por isso, pelo menos um aluno já foi castigado. O que não se sabe, segundo o El País, é se é uma decisão definitiva ou se o estudante foi apenas suspenso por algum tempo.

Outros jovens estão também a ser investigados por terem participado nos insultos e poderão vir ainda a serem castigados.

"Condenamos todos os termos utilizados. Vão contra os valores da nossa residência. São inaceitáveis e inexplicáveis", sublinhou o diretor do centro, Manuel García Artiga, na mesma nota, acrescentando que os envolvidos serão obrigados a escrever uma carta de desculpas pública, assim como participar em ações de voluntariado.

Já o colégio vai organizar uma série de conferências com profissionais especializados para sensibilizar os jovens sobre este tipo de problemáticas.

Entretanto, a vice-reitora da Universidade Complutense, a maior universidade de Espanha, esteve, esta quinta-feira, no colégio, onde se reuniu com a direção. Após o encontro, foi aberta uma investigação interna.

Quem já reagiu ao caso foi Pedro Sánchez. O primeiro-ministro espanhol sublinhou, nas redes sociais, que não se pode tolerar "comportamentos que geram ódio contra as mulheres".

"É especialmente doloroso ver que os protagonistas são pessoas jovens. Nem um passo atrás. Políticas de igualdade são necessárias. Basta de machismo!", lê-se no Twitter do chefe do governo do país vizinho.

Ao que tudo indica, os insultos de domingo faziam parte de uma praxe. Apesar de proibidas em Espanha, como refere o El País, todos os meses de setembro elas voltam a acontecer.

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