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UE promete resposta "firme" a "ações hostis" da Nicarágua

A União Europeia (UE) criticou hoje a decisão "injustificada" da Nicarágua de expulsar o seu embaixador naquele país e de cortar relações com os Países Baixo, assegurando que responderá "firme e proporcionalmente".

UE promete resposta "firme" a "ações hostis" da Nicarágua
Notícias ao Minuto

20:42 - 02/10/22 por Lusa

Mundo UE

"Essas ações hostis e injustificadas não só afetarão as relações bilaterais entre a Nicarágua e a UE e os seus estados-membros, mas também levarão a um maior isolamento internacional da Nicarágua. Neste contexto, a UE está avaliar o caminho a seguir, de forma firme e proporcional", disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, num comunicado.

A Nicarágua anunciou, na sexta-feira à noite, o corte de relações diplomáticas com os Países Baixos, que tinha cancelado o financiamento da construção de um hospital devido a "graves violações dos direitos humanos" no país, e declarou 'persona non grata' a embaixadora da UE, Betina Muscheidt.

"A rutura das relações diplomáticas é uma medida excecional e muito invulgar. Não é esse o desejo dos Países Baixos", reagiu o Governo neerlandês.

Os Países Baixos disseram que tinham enviado vários avisos à Nicarágua sobre a "deterioração da situação relativa à democracia e aos direitos humanos", que Manágua ignorou.

Bettina Muscheidt voou para a França, no sábado, via Cidade do México, na sequência da decisão da Nicarágua.

"A UE lamenta profundamente e rejeita esta decisão unilateral e injustificada", disse Borrell no comunicado.

"A UE também lamenta profundamente a decisão unilateral desproporcional e injustificada tomada na sexta-feira pelo Governo da Nicarágua de romper relações diplomáticas com os Países Baixos, expressando o seu apoio inabalável ao governo neerlandês", acrescentou o chefe da diplomacia europeia.

"A atual crise política na Nicarágua deve ser resolvida por meio de um diálogo genuíno entre o Governo e a oposição", insistiu Borrell, garantindo que a UE continua aberta ao diálogo.

O Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, foi reeleito em novembro de 2021 para um quarto mandato consecutivo, numas eleições em que estavam ausentes todos os seus potenciais adversários de peso, por terem sido presos ou forçados ao exílio.

A comunidade internacional condenou o rumo do seu regime e a UE e os Estados Unidos impuseram várias sanções contra a Nicarágua e contra figuras próximas de Ortega, alegando violações dos direitos humanos.

Leia Também: Países Baixos condenam corte de relações decidido pela Nicarágua

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