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Presidente de El Salvador anuncia recandidatura em eleições para 2024

O Presidente salvadorenho, Nayib Bukele, anunciou que irá concorrer a um segundo mandato de cinco anos nas eleições gerais previstas para 2024, apesar de dúvidas sobre a constitucionalidade de uma eventual reeleição.

Presidente de El Salvador anuncia recandidatura em eleições para 2024
Notícias ao Minuto

06:33 - 16/09/22 por Lusa

Mundo El Salvador

Bukele revelou a intenção num discurso transmitido pela televisão, durante as celebrações do 201.º aniversário da independência do país centro-americano, na quinta-feira à noite.

"Depois de discutir com a minha mulher Gabriela e a minha família, anuncio ao povo salvadorenho a decisão de ser candidato à Presidência da República", disse.

Nas eleições de 2024, além de escolherem o chefe de Estado, os salvadorenhos irão eleger uma nova Assembleia Legislativa e as câmaras municipais dos 262 municípios do país.

Bukele admitiu esperar que "mais do que um país desenvolvido não concorde" com a decisão de concorrer a um segundo mandato.

No entanto, "não são eles que vão decidir, mas (...) o povo salvadorenho", sublinhou o líder de El Salvador, que, segundo várias sondagens, tem uma elevada taxa de aprovação entre o eleitorado.

Em 2021, o Supremo Tribunal de Justiça de El Salvador emitiu uma resolução permitindo que um Presidente sirva dois mandatos consecutivos, após a nomeação de novos juízes por parte de apoiantes de Bukele no parlamento.

A oposição e constitucionalistas defendem que a decisão judicial viola pelo menos quatro artigos da constituição salvadorenha, que limita o mandato presidencial a cinco anos e afirma que o Presidente não pode continuar em funções nem mais um dia.

El Salvador está em estado de emergência desde o final de março, após uma onda de assassínios que fez 87 vítimas.

Em resposta, a Assembleia Legislativa aprovou a suspensão de garantias constitucionais para dar poderes especiais ao executivo para lidar com a crise de segurança.

Em junho, a Amnistia Internacional (AI) denunciou a existência de uma crise de direitos humanos em El Salvador, "incluindo milhares de detenções arbitrárias e violações do direito a um julgamento justo, bem como tortura e maus-tratos, e pelo menos 18 pessoas morreram sob custódia do Estado".

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