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Rússia avisa Kiev que uso da força vai minar negociações de Genebra

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo avisou hoje Kiev contra o uso de força para dominar os separatistas pró-Moscovo no leste da Ucrânia, afirmando que este "ato criminoso" vai minar as negociações de Genebra.

Rússia avisa Kiev que uso da força vai minar negociações de Genebra
Notícias ao Minuto

11:11 - 15/04/14 por Lusa

Mundo Lavrov

"Não podemos fazer convites para negociações e, ao mesmo tempo, emitir ordens criminosas para recorrer ao uso de armas contra pessoas naquela zona", disse Sergei Lavrov durante uma visita a Pequim.

"Não se podem enviar tanques e, ao mesmo tempo, realizar negociações, e o uso da força vai sabotar a oportunidade dada pelas negociações quadripartidas, em Genebra", disse.

No domingo, o governo de Kiev desencadeou uma "operação antiterrorista", no leste do país, contra rebeldes armados pró-russos.

Moscovo denunciou de imediato "a ordem criminosa de [presidente ucraniano Olexandre] Turchinov, de recorrer ao exército para reprimir os protestos", e advertiu as autoridades ucranianas pró-europeias para abandonarem "a guerra contra o próprio povo".

Uma série de ataques visivelmente coordenados foi lançada, no sábado, nas cidades do leste da Ucrânia, região fronteiriça da Rússia, por homens armados, que envergavam, na maior parte dos casos, uniformes sem identificação.

Este aumento de tensão fez recear que Moscovo, que concentrou até 40 mil homens junto à fronteira, aproveite este pretexto para uma intervenção, uma vez que o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu defender "a qualquer preço" os cidadãos russos no espaço da ex-URSS.

Moscovo nunca reconheceu o governo provisório pró-europeu chegado ao poder após o derrube, no final de fevereiro, do presidente pró-russo Viktor Ianukovich, na sequência de manifestações sangrentas na capital ucraniana.

Uma missão da ONU, que visitou a Crimeia entre 21 e 22 de março, considerou a presença de grupos paramilitares, de autodefesa e de soldados não identificados afetou o desenvolvimento do referendo, no qual esta república autónoma ucraniana aceitou integrar a Rússia.

"A presença paramilitar e dos chamados grupos de autodefesa, além de soldados não identificados que se considera serem oriundos da Rússia, não permitiu um ambiente em que a vontade dos eleitores pudesse ser manifestada livremente", indicou o relatório apresentado hoje pela missão.

A missão da ONU concluiu ainda ter sido "amplamente verificado" que os nativos russos na Crimeia não foram alvo de ameaças, antes da integração deste território na Rússia.

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