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Governo japonês aponta falhas à atuação da polícia na morte de Shinzo Abe

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, culpou hoje a desadequada proteção policial pela morte do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, que foi atingido a tiro na semana passada enquanto discursava num comício eleitoral do Partido Liberal Democrático (PLD).

Governo japonês aponta falhas à atuação da polícia na morte de Shinzo Abe
Notícias ao Minuto

06:35 - 15/07/22 por Lusa

Mundo Shinzo Abe

Shinzo Abe, 67 anos, foi alvejado pelas costas com uma arma de fogo, num atentado que chocou o país, conhecido pela baixa taxa de criminalidade.

Fotos e vídeos do tiroteio mostram que o atirador conseguiu aproximar-se de Abe por trás, quando os seguranças estavam focados na frente.

"Acho que houve problemas com as medidas de segurança", disse o primeiro-ministro do Japão.

Funcionários da Comissão Nacional de Segurança Pública e da Agência Nacional de Polícia estão a investigar o que correu mal e vão reunir medidas de resposta, acrescentou o Kishida.

"Peço-lhes que façam uma inspeção minuciosa e consertem o que o que for necessário consertar, enquanto também estudam exemplos de outros países", disse Fumio Kishida.

Kishida anunciou ainda planos para a realização do funeral de Estado de Shinzo Abe, salientando o seu contributo para o país e no reforço da aliança de segurança com os Estados Unidos.

"Ao realizar um funeral de Estado em memória o ex-primeiro-ministro Abe, o Japão também mostrará ao mundo a sua determinação em não ceder à violência e defender firmemente a democracia", disse Kishida, sublinhando que o Japão "irá também mostrar ao mundo a sua determinação em manter o seu vigor e abrir um caminho para o futuro".

Entretanto, esta terça-feira teve lugar num templo em Tóquio uma cerimónia fúnebre de dimensão mais reduzida.

Abe foi primeiro-ministro em 2006, durante um ano, e novamente de 2012 a 2020, batendo recordes de longevidade na liderança do Japão.

O presumível homicida de Shinzo Abe começou a planear o ataque contra o ex-primeiro-ministro japonês no outono passado, segundo as informações recolhidas pela polícia japonesa, que também sugerem que o suspeito preparou a operação de forma meticulosa.

O detido, Tetsuya Yamagami, confessou à polícia que atacou Abe por causa das suas supostas ligações a uma organização religiosa que lhe causou problemas familiares.

Leia Também: China protesta pela presença de vice deTaiwan no funeral de ex-PM japonês

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