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Sete soldados e quatro milicianos mortos em emboscadas no Burkina Faso

Sete soldados e quatro milicianos ligados ao Exército do Burkina Faso foram mortos na quinta-feira em duas emboscadas realizadas por "terroristas" nas regiões norte e centro-norte, anunciou hoje o Exército do país num comunicado.

Sete soldados e quatro milicianos mortos em emboscadas no Burkina Faso
Notícias ao Minuto

09:42 - 06/05/22 por Lusa

Mundo Burkina Faso

De acordo com a nota, enviada à agência de notícias France-Presse (AFP), uma primeira emboscada ocorreu perto da cidade de Sollé, onde foram mortos "dois soldados e quatro VDP (Voluntários para a Defesa da Pátria, milícia ligada ao Exército do Burkina Faso)".

O segundo ataque ocorreu contra "elementos da Unidade de Intervenção Especial da Polícia Nacional (Gendarmerie) em Ouanobé", no qual morreram cinco polícias militares, de acordo com o comunicado do Estado-Maior do Exército.

Estas emboscadas realizadas pelos "terroristas", termo usado pelo exército para designar 'jihadistas' particularmente ativos no norte de Burkina, também deixaram nove feridos, segundo a mesma fonte.

O Exército afirmou que "do lado inimigo foram contabilizados cerca de 20 corpos de terroristas durante as operações de segurança" e acrescenta que "também foram destruídos ou recuperados armamento, munições, material diverso e comunicações".

O Burkina Faso, especialmente no norte e no leste do país, é alvo de ataques 'jihadistas' desde 2015, perpetrados por grupos armados, alguns dos quais afiliados à Al-Qaida e ao Estado Islâmico (EI), que mataram mais de 2.000 pessoas e provocaram 1,8 milhão de deslocados.

O novo homem forte do país, o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, que derrubou o Presidente eleito Roch Marc Christian Kaboré em 24 de janeiro, acusado de ser ineficaz diante da violência 'jihadista', fez da questão de segurança sua "prioridade".

Após uma relativa calmaria nas semanas que se seguiram à sua tomada de poder, o regime militar de Damiba enfrenta um aumento nos ataques de supostos 'jihadistas', que mataram mais de uma centena de civis e soldados.

Em 24 de abril, 15 pessoas, incluindo nove soldados, foram mortas e cerca de 30 ficaram feridas durante ataques 'jihadistas' simultâneos contra dois destacamentos militares no norte do país, segundo o Exército.

Em 08 de abril, ainda no norte do país, um destacamento militar foi alvo de um ataque, que resultou em 12 soldados e quatro VDP mortos.

No início de abril, o chefe de Estado anunciou a criação de comités locais de diálogo com grupos 'jihadistas' locais para tentar conter a violência.

Leia Também: Várias ONG denunciam ataques a infraestruturas de água no Burkina Faso

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