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China expressa preocupação com os seus interesses nas Ilhas Salomão

Novos tumultos abalaram hoje as Ilhas Salomão, num contexto de rivalidade entre a China e Taiwan, que levou Pequim a expressar preocupação com os seus interesses neste arquipélago do Pacífico.

China expressa preocupação com os seus interesses nas Ilhas Salomão
Notícias ao Minuto

11:29 - 25/11/21 por Lusa

Mundo Ilhas Salomão

As Ilhas Salomão, que desde 1983 têm laços diplomáticos com Taiwan, optaram, em 2019, por romper com o território para reconhecer o Governo em Pequim como o único legítimo representante de toda a China. A China considera Taiwan uma das suas províncias, embora a ilha opere como uma entidade política soberana.

A decisão do governo das Ilhas Salomão provocou o ressentimento de uma parte da população, que mantinha relações próximas com Taipé.

Na quarta-feira, centenas de pessoas protestaram para exigir a renúncia do primeiro-ministro, Manassah Sogavare, antes de seguirem para o distrito que reúne a comunidade chinesa em Honiara, a capital das Ilhas Salomão.

Os manifestantes incendiaram uma esquadra da polícia e saquearam empresas, até que a polícia interveio com gás lacrimogéneo.

Um toque de recolher foi imposto. Mas apesar da proibição de sair, os manifestantes voltaram hoje às ruas e a China expressou "grande preocupação" pelos seus interesses no arquipélago.

"Pedimos ao governo das Ilhas Salomão que tome todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos cidadãos e entidades chinesas", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China Zhao Lijian, em conferência de imprensa.

O primeiro-ministro Sogavare, que lamentou na quarta-feira o "triste e infeliz acontecimento que visa derrubar um governo democraticamente eleito", garantiu que permanecerá no poder.

Manifestantes da vizinha ilha de Malaita teriam participado da violência para protestar contra a decisão, em 2019, de transferir o reconhecimento diplomático de Taiwan para a China.

A Austrália, o grande vizinho das Ilhas Salomão localizado a 1.500 quilómetros de distância, destacará uma força de paz para o arquipélago, anunciou hoje o primeiro-ministro, Scott Morrison.

"O nosso objetivo é garantir estabilidade e segurança", disse, alegando ter recebido um pedido de assistência do primeiro-ministro Manasseh Sogavare.

Independentes da Grã-Bretanha desde 1978, as ilhas mergulharam na violência entre diferentes grupos étnicos no início dos anos 2000.

Novas tensões levaram ao envio, entre 2003 e 2013, de uma força de paz, liderada pelas Nações Unidas.

Tumultos eclodiram no distrito chinês de Honiara durante as eleições legislativas de 2006, após rumores de que empresas próximas de Pequim teriam corrompido a votação.

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