Protestos terão provocado pelo menos 12 mortos no reino de Essuatíni
Pelo menos 12 pessoas morreram esta semana devido à repressão dos protestos pró-democracia no reino de Essuatíni (antiga Suazilândia), que exigem reformas sociais ao regime do rei Mswati III, o último monarca absoluto em África, revelaram fontes opositoras.
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Mundo Essuatíni
Segundo a Swaziland Solidarity Network, um grupo crítico do monarca com sede na vizinha África do Sul, morreram 12 pessoas nas manifestações, mas o número não foi ainda confirmado pelo regime.
"Estão a matar pessoas, estão a afastá-las das suas casas porque querem a democracia. Essuatíni??????? como monarquia absoluta está acabado, tem de dar espaço a vozes diferentes e dissidentes. [O rei] deve permitir que o direito e a democracia prevaleçam", disse o secretário-geral do grupo, Themba Masango, citado pela agência noticiosa Efe.
Os protestos, inicialmente impulsionados por estudantes, espalharam-se por todos os setores, desde trabalhadores da área da saúde, dos transportes, a funcionários públicos.
No fim de semana passado, o Governo ordenou o encerramento das escolas do país e o destacamento do Exército de modo a controlar os estudantes, o que foi internacionalmente criticado, incluindo pelas Nações Unidas.
De acordo com a emissora pública sul-africana SABC (South African Broadcasting Corporation), ??????estas medidas foram hoje agravadas pelo encerramento de alguns serviços de Internet, incluindo o acesso à rede social Facebook, e dos serviços telefónicos.
Dada a tensão crescente, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês) decidiu hoje organizar uma missão de visita ao país e reunir-se com Mswati III através de representantes da África do Sul, Namíbia e Botsuana.
Esta nova onda de protestos retoma o descontentamento que tinha atingido o país em junho e julho deste ano contra a última monarquia absoluta africana.
O reino de Essuatíni, que está sob o domínio de Mswati III desde 1986, tem uma população de 1,2 milhões de pessoas, principalmente do meio rural. Cerca de 60% da sua população vive abaixo do limiar de pobreza, de acordo com dados do Banco Mundial.
A situação social contrasta com a vida "luxuosa desfrutada por Mswati III e pela sua família".
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Lusa/Fim
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