Representante da NATO na Geórgia na sua primeira deslocação ao Cáucaso
O representante especial da NATO para o Cáucaso e Ásia central, Javier Colomina, chegou hoje à Geórgia, primeira etapa de uma deslocação à região situada entre a Rússia, Turquia e Irão, e que inclui visitas ao Azerbaijão e Arménia.
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"A introdução de linhas de separação preocupa especialmente a NATO", indicou Colomina ao visitar a fronteira entre a Geórgia e a Ossétia do Sul, a região separatista cuja independência foi reconhecida pelo Kremlin.
O espanhol, que em setembro substituiu no cargo o canadiano James Appthurai, sublinhou que "é muito evidente que a Rússia não respeita os acordos internacionais".
"Provocou-me muita impressão o que escutei na linha de ocupação", assinalou.
O enviado da NATO referiu-se à "dura situação humanitária", aos problemas no âmbito da saúde pública e do comércio, e à tragédia das famílias separadas pelo conflito.
O diplomata também assegurou que a Aliança acompanha atentamente a situação na região e apoia "todos os esforços internacionais e negociações" para a resolução do conflito, e em que se inserem as consultas de Genebra.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros georgiano, Lasha Darsalia, congratulou-se pelo facto de Colomina ter iniciado a visita à aldeia de Odzisi, de onde se pode vislumbrar "a base militar russa" em território da Ossétia do Sul.
"A NATO apoia-nos", sublinhou Darsalia, que acompanhou o diplomata espanhol.
Na sua reunião com a Presidente do país, Salome Zourabichvili, ambos defenderam o reforço dos "estreitos laços", e abordaram a estabilidade regional e a situação de segurança no mar Negro.
Zourabichvili também destacou a importância para Tbilissi da próxima cimeira aliada no âmbito da sua integração no bloco militar.
O representante especial para o Cáucaso e Ásia central do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, iniciou na segunda-feira o seu périplo em Baku, onde se reuniu com o ministro da Defesa do Azerbaijão, Zakir Hasanov.
A última escala da viagem terá como destino a Arménia, que há um ano enfrentou militarmente o Azerbaijão pelo controlo da região do Nagorno-Karabakh, e que implicou a perda para os arménios de importantes zonas deste território separatista.
Na segunda-feira, no decurso de uma vista do secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, a Tbilissi -- no âmbito da sua atual digressão pela região do mar Negro --, os Estados Unidos e a Geórgia assinaram um novo acordo militar que inclui um programa de treino para as forças armadas georgianas.
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