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Empresas de opioides e estados americanos perto de acordo milionário

Quatro empresas estão perto de fazer um acordo de 26 mil milhões de dólares (22,06 mil milhões de euros) para encerrar milhares ações judiciais contra a comercialização de opióides na América (EUA), anunciaram terça-feira advogados.

Empresas de opioides e estados americanos perto de acordo milionário
Notícias ao Minuto

06:34 - 21/07/21 por Lusa

Mundo Acordo

Um grupo de advogados disse que anúncio poderá ser feito ainda esta semana, lembrando que será o início de um processo de vários meses para os governos estaduais e locais decidirem se assinam o acordo.

O acordo milionário abrange as três maiores empresas de distribuição de medicamentos norte-americanas e a farmacêutica Johnson & Johnson, que será o maior do "universo de litígios" sobre opioides nos EUA.

"Esta é uma crise nacional e poderia ou deveria ter sido tratada -- talvez -- por outros setores do governo. Este é realmente um exemplo de uso litigioso para consertar um problema nacional", disse aos jornalistas Paul Geller, um dos principais advogados que representam os governos locais nos EUA, numa teleconferência.

Estima-se que três julgamentos sobre opioides sejam concluídos e outros comecem nos próximos meses.

Hoje, o estado de Nova Iorque chegou a um acordo de mais de mil milhões de dólares (cerca de 850 milhões de euros) com as empresas de distribuição de medicamentos AmerisourceBergen, Cardinal Health e McKesson, o que permitirá reduzir os danos provocados pelos opioides.

"[...] Estamos a responsabilizar-vos pela entrega de mais de mil milhões de dólares a comunidades nova-iorquinas devastadas por opioides para tratamento, recuperação e prevenção", disse a procurador-geral de Nova Iorque, Letitia James, em comunicado.

Outro advogado do entendimento das quatro empresas, Joe Rice, disse, citado pela agência de notícias AP, que o anúncio do acordo em Nova Iorque foi um fator chave na decisão de tornar públicos alguns detalhes do que está a ser planeado.

De acordo com a AP, a Cardinal Health não quis comentar e as outras empresas de distribuição de medicamentos não responderam até ao momento.

Por seu turno, a Johnson & Johnson reiterou em comunicado que está preparada para contribuir com cerca de cinco mil milhões de dólares (4,24 mil milhões de euros) para o acordo nacional, depois de ter chegado a um entendimento com Nova Iorque em junho, pouco antes do início do julgamento que ainda decorre.

"Continua a haver progressos para finalizar o acordo e continuamos comprometidos em fornecer dados certos às partes envolvidas e aos críticos, bem como às famílias e às comunidades. O acordo não é uma admissão de responsabilidade ou de irregularidade e a empresa vai continuar a defender-se contra qualquer litígio que o acordo final não resolva", adiantou a Johnson & Johnson.

As empresas de distribuição de medicamentos enfrentam milhares de ações judiciais de governos estaduais e locais em todo o território norte-americano há muito tempo.

Os governos estaduais e locais afirmam que as empresas não tinham formas adequadas para sinalizar ou parar as remessas -- tidas como desproporcionais -- de analgésicos poderosos e viciantes que chegavam às farmácias.

Já as empresas sustentam que estavam a obedecer a prescrições médicas de medicamentos legais e, portanto, não deviam ser culpadas pela crise de vício e overdose do país.

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