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ONU adverte Israel sobre "deslocação forçada" de comunidade beduína

Uma representante da ONU em território palestiniano alertou hoje para as tentativas de "deslocação forçada" por parte de Israel dos beduínos de Humsa al-Bqaia, demolida pela sexta vez em menos de um ano na quarta-feira.

ONU adverte Israel sobre "deslocação forçada" de comunidade beduína
Notícias ao Minuto

12:35 - 09/07/21 por Lusa

Mundo Israel

"A demolição e o confisco em massa de propriedades por parte das forças israelitas na comunidade palestiniana de Humsa al-Bqaia (é) preocupante", indica num comunicado a coordenadora humanitária da ONU para os territórios palestinianos.

Lynn Hastings adianta que "obrigar esta ou qualquer outra comunidade a mudar-se para um local alternativo representa um grave risco de deslocação forçada".

Segundo o Gabinete da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), "foram demolidas ou confiscadas" na quarta-feira 38 estruturas, entre casas improvisadas e instalações de uso agrícola e ficaram desalojadas seis famílias de pelo menos 42 pessoas, incluindo 24 crianças.

A representante das Nações Unidas diz que, embora Israel "tente justificá-las" alegando que a área em questão está designada "para treino militar, tais medidas por parte de uma potência ocupante são ilegais segundo o direito internacional".

Hastings pede assim a Israel para "parar imediatamente todas as demolições de casas e propriedades palestinianas", bem como para permitir o acesso de agências humanitárias e organizações não-governamentais (ONG) para fornecerem "abrigo, comida e água" aos aldeões, para que "reconstruam as suas casas na localização atual e lá permaneçam com segurança e dignidade".

Segundo a B'Tselem, aquando da demolição, as autoridades israelitas retiraram pertences dos aldeões para os transportarem para uma zona próxima onde "procuram realocar os residentes à força", medida que esta ONG israelita considera "crime de guerra".

Humsa al-Bquaia é uma das 38 aldeias beduínas no Vale do Jordão, fronteiriço à Jordânia, que se dedicam à pecuária e cujas casas são geralmente instalações improvisadas, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

Israel, que ocupa a Cisjordânia desde 1967, derruba aquelas estruturas por falta de licenças, mas a ONU e várias organizações internacionais e humanitárias denunciam a impossibilidade prática de os palestinianos as obterem.

Leia Também: Jordânia e Israel assinam acordo de exportações para Cisjordânia

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