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Jordânia e Israel assinam acordo de exportações para Cisjordânia

A Jordânia chegou a acordo com Israel para comprar mais 50 milhões de metros cúbicos de água e aumentar exportações para a Cisjordânia ocupada para 700 milhões de dólares por ano, anunciaram hoje os dois países em comunicado.

Jordânia e Israel assinam acordo de exportações para Cisjordânia
Notícias ao Minuto

18:29 - 08/07/21 por Lusa

Economia Exportações

O valor anual de exportações sobe de 160 milhões de dólares por ano (134 milhões de euros) para 700 milhões de dólares (589 milhões de euros) depois dos acordos concluídos durante uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países, sinalizando uma melhoria nas relações com o novo governo hebreu, após anos de tensão com o ex-primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.

O chefe da diplomacia da Jordânia, Ayman Safadi, e o homólogo israelita, Yair Lapid, encontraram-se hoje na ponte Rei Hussein, entre a Jordânia e a Cisjordânia ocupada por Israel.

A Jordânia disse que as equipas técnicas vão acertar os detalhes nos próximos dias e que as negociações sobre a implementação do teto de exportações vão ser mantidas entre as autoridades israelitas, jordanas e palestinianas.

Safadi pediu esforços renovados para alcançar uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano e para Israel acabar com as medidas "ilegais" que minam esses esforços.

Ao mesmo tempo, enfatizou a importância de manter o 'status quo' no complexo da mesquita de Al-Aqsa, um local sagrado em Jerusalém sob custódia da Jordânia.

Além disso, classificou como "crime de guerra" expulsar famílias palestinianas das suas casas em Jerusalém Oriental.

As duas questões alimentaram tensões que ajudaram a desencadear uma guerra de 11 dias em Gaza entre Israel e os governantes militantes do Hamas, em maio.

Por seu lado, Lapid qualificou a Jordânia como "um vizinho e parceiro importante" e disse que Israel vai trabalhar para fortalecer laços e expandir a cooperação económica, já que ele próprio enalteceu a importância de consertar as relações com o país quando assumiu o cargo, no mês passado.

Gidon Bromberg, o diretor israelita do grupo ambientalista jordano, israelita e palestiniano EcoPeace Middle East, disse que o acordo marca um "aumento dramático" nas exportações de água de Israel, já que segundo o próprio, os israelitas não exportaram mais de 10 milhões de metros cúbicos por ano até agora.

O especialista referiu que a Jordânia enfrenta um défice hídrico de 500 milhões de metros cúbicos de água por ano e teria que importar muito mais para garantir um abastecimento contínuo para todas as necessidades.

A Jordânia é um dos países mais secos do planeta e a escassez de água que enfrenta deve piorar com as alterações climáticas.

Israel e a Jordânia estão em paz desde 1994 e mantêm laços estreitos, mas as relações tornaram-se ténues nos últimos anos por causa das tensões em Al-Aqsa, a expansão dos assentamentos judaicos de Israel em terras devastadas pela guerra e a falta de progressos no processo de paz israelo-palestiniano.

Tanto os jordanos como os palestinianos opuseram-se veementemente ao plano do ex-Presidente norte-americano Donald Trump para o Médio Oriente, que teria permitido a Israel anexar até um terço da Cisjordânia ocupada.

Israel capturou Jerusalém Oriental e a Cisjordânia à Jordânia na guerra de 1967, territórios que os palestinianos desejam como devendo fazer parte do seu futuro Estado.

O anúncio deste acordo foi feito dias antes de o Rei Abdullah II da Jordânia visitar a Casa Branca.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu a todas as partes que tomem medidas que possam ajudar a estabelecer bases para retomar as possíveis negociações de paz.

Leia Também: Palestina diz que Israel matou um homem em confrontos na Cisjordânia

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