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Bulgária investiga implicação russa em explosão de depósito de armas

O Ministério Público da Bulgária anunciou hoje que está a investigar o possível envolvimento de agentes russos na explosão de quatro depósitos de armas entre 2011 e 2020, bem como ligações a eventos semelhantes na República Checa.

Bulgária investiga implicação russa em explosão de depósito de armas
Notícias ao Minuto

15:16 - 28/04/21 por Lusa

Mundo Bulgária

Os quatro depósitos de munições que explodiram continham armas destinadas à Geórgia e à Ucrânia, países envolvidos em conflitos militares contra Moscovo, e grande parte do material pertencia ao empresário Emilian Gebrev, que sofreu uma tentativa de assassínio em 2015, pela qual a justiça búlgara responsabilizou a os serviços de informações militares russos.

Gebrev também possuía equipamento militar nos dois armazéns que explodiram na República Checa, em 2014, provocando a morte de dois trabalhadores, e que Praga atribuiu aos serviços de informações russos, o que gerou uma crise diplomática com Moscovo.

Numa conferência de imprensa, o Ministério Público búlgaro disse que a destruição dos depósitos de munições possivelmente visava impedir a exportação de armas para a Geórgia e para a Ucrânia.

"A investigação estabeleceu que todas as quatro explosões foram causadas por dispositivos ativados remotamente", disse a porta-voz do Ministério Público, Siyka Mileva, acrescentando que essa investigação está centrada em seis cidadãos russos cuja chegada à Bulgária coincidiu com as explosões e com o envenenamento do empresário em 2015.

O Ministério Público da Bulgária já apresentou acusações em janeiro de 2020 - contra três cidadãos russos que se acredita pertencerem aos serviços de informações controlados por Moscovo - por tentarem assassinar Gebrev, o seu filho e um executivo da sua empresa, utilizando uma substância semelhante ao agente tóxico Novichok, em abril e maio de 2015.

Entre os suspeitos está o general que supostamente supervisionou a equipa que tentou matar o ex-espião russo Sergei Skripal e a sua filha Júlia, com Novichok, no Reino Unido, em 2018.

As autoridades checas suspeitam que dois agentes russos - identificados como Anatoli Chepiga e Alexander Mishkin, que também participaram no envenenamento dos Skripals -- estarão ligados à explosão dos dois depósitos de munições no seu território.

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