Oposição na Costa do Marfim reivindica vitória nas legislativas de sábado
O Partido Democrata da Costa do Marfim (PDCI), da oposição, aliado do partido do ex-Presidente Laurent Gbagbo, reivindicou hoje a vitória nas eleições legislativas realizadas no sábado, antes da proclamação oficial dos resultados.
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Mundo Costa do Marfim
"Nós reivindicamos vitória", disse hoje, em conferência de imprensa, o coordenador geral do PDCI, Niamkey Koffi.
O responsável, citado pela agência France Presse (AFP), adiantou que o partido, juntamente com os seus aliados, pensa ter conquistado "cerca de 128 lugares no parlamento, a maioria" de um total de 255 deputados da Assembleia Nacional.
A declaração do PDCI surge na sequência da divulgação, hoje, pela Comissão Eleitoral Independente (CEI), de "apenas uma pequena parte" dos resultados eleitorais.
O PDCI formou uma aliança com o do antigo Presidente Laurent Gbagbo, principal partido da coligação "Juntos pela Democracia e Soberania" (EDS), incluindo seu movimento, Frente Popular da Costa do Marfim (FPI, na sigla em francês).
"A nossa preocupação é a manipulação dos resultados", disse Niamkey Koffi, alertando "o Governo para qualquer tentativa de distorção da votação".
O responsável denunciou "resultados provisórios, adulterados e manipulados", bem como "tentativas de reverter os resultados" em várias grandes cidades e distritos importantes, onde o PDCI reivindica vitória no sufrágio.
Segundo Koffi, a participação no ato eleitoral de sábado "não ultrapassou os 20%" a nível nacional, contra os 34% alcançado nas eleições legislativas de 2016, tendo justificado aquela percentagem com o "medo da violência" por parte dos eleitores.
Os eleitores da Costa do Marfim votaram, no sábado, num ambiente calmo e sem incidentes graves para escolher os 255 deputados do parlamento, quatro meses após uma eleição presidencial marcada por tumultos que causaram vários mortos e feridos.
Pela primeira vez em dez anos, todos os principais atores políticos participaram nas eleições legislativas, depois de a oposição ter boicotado as eleições presidenciais de 31 de outubro de 2020, marcadas antes e depois da votação pela violência que deixou 87 mortos e quase 500 feridos.
As mesas de voto fecharam às 18:00 (locais e GMT) e a contagem começou imediatamente, estimando-se que os resultados serão divulgados pela Comissão Eleitoral Independente (CEI) à medida que a contagem avance.
Além do esfaqueamento de três pessoas no bairro de Port-Bouët, em Abidjan, a votação decorreu sem incidentes graves em todo o país, segundo jornalistas e observadores destacados para o terreno.
Mais de 1.500 candidatos disputam o voto de cerca de sete milhões de eleitores em 205 círculos eleitorais, que elegerão 255 deputados.
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