Procurador pede cinco anos de prisão para magnata acusado de suborno
O Ministério Público pediu hoje cinco anos de prisão para o magnata franco-israelita Beny Steinmetz, que está a ser julgado na Suíça acusado de corrupção num alegado esquema para ganhar concessões mineiras na Guiné-Conacri.
© FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images
Mundo Guiné-Conacri
"Pedimos uma pena de cinco anos de privação de liberdade", declarou o procurador Yves Bertossa, no quarto dia do julgamento que decorre num tribunal de Genebra.
Neste caso, em que a Guiné-Conacri tem o estatuto de lesado, o procurador solicitou também a fixação de uma indemnização de 50 milhões de francos suíços (46 milhões de euros).
A sentença está prevista para 22 de janeiro, sendo esperado que a defesa peça a absolvição. Há ainda a possibilidade de recurso.
O caso remonta ao início dos anos 2000 e em causa está o alegado pagamento de milhões a uma ex-mulher do falecido Presidente Lansana Conté para conseguir a concessão de direitos de mineração de vastos depósitos de minério de ferro na região sudeste da Guiné-Conacri, em detrimento de um empresário rival.
Alguns fundos teriam transitado pela Suíça num caso que foi investigado na Europa, África e Estados Unidos.
O Ministério Público argumenta que Steinmetz estabeleceu um pacto de corrupção com Conté, que governou a Guiné-Conacri de 1984 a 2008, e a sua quarta esposa, Mamadie Touré, envolvendo o pagamento de quase 10 milhões de dólares.
Beny Steinmetz, 64 anos, que residia em Genebra quando ocorreram os factos que lhe são imputados, contesta as conclusões a que chegou o Ministério Público após uma investigação que durou seis anos.
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