Bielorrússia: EUA impõe novas sanções devido à fraude eleitoral
Os Estados Unidos anunciaram hoje uma nova vaga de sanções contra a Bielorrússia, que inclui o congelamento de bens de um alto dirigente do Ministério do Interior e quatro instituições, assim como a restrição de vistos a 39 pessoas.
© Reuters
Mundo Bielorrússia
Estas sanções foram aplicadas devido à alegada fraude nas eleições presenciais de 9 de agosto e à repressão desencadeada pelo regime que se seguiu.
"O povo bielorrusso tem procurado exercer pacificamente os seus direitos democráticos básicos e o Estado respondeu continuamente com repressão violenta", manifestou em comunicado o secretário do Tesouro norte-americano, Steve Mnuchin.
O responsável considerou que essas sanções, juntamente com as feitas pelos seus aliados, serviram para "responsabilizar os indivíduos e organizações que levaram a cabo essas ações inaceitáveis".
Especificamente, os EUA impuseram as sanções mais duras ao vice-ministro do Interior, Gennady Kazakevich, que acusam de ser o braço de execução da "política de repressão violenta" nas manifestações contra o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, sancionado anteriormente por Washington.
Como resultado dessas sanções, os ativos que Kazakevich possa ter sob a jurisdição dos EUA são congelados e está proibido de fazer transações financeiras com cidadãos ou empresas norte-americanas.
Estas sanções foram também usadas pelo Tesouro norte-americano para punir quatro instituições bielorrussas: a Comissão Eleitoral Central, a polícia de choque do Ministério do Interior, o departamento da polícia de Minsk e o grupo Alfa, uma unidade antiterrorista de operações especiais da Federação Russa.
Essas quatro entidades foram sancionadas pelo seu papel na "violenta" repressão da manifestantes pacíficos e membros da oposição depois das eleições presidenciais.
Além disso, o Departamento de Estado identificou 39 indivíduos responsáveis por "minar" a democracia na Bielorrússia e impôs restrições de vistos, impedindo-os de viajar para os Estados Unidos.
Até agora, os EUA proibiram 63 pessoas de entrar no seu território e congelaram os fundos que outros 25 cidadãos bielorrussos e 13 entidades possam ter no seu território.
Por sua vez, desde 06 de novembro, a União Europeia impôs várias sanções contra altos funcionários bielorrussos, incluindo Lukashenko, no poder desde 1994.
A oposição bielorrussa e o ocidente consideram fraudulentas as eleições presidenciais de agosto, vencidas por Lukashenko com 80% dos votos, segundo os dados oficiais.
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