Afeganistão: Ataques à bomba e a tiro matam três em Cabul
Dois ataques na capital do Afeganistão, Cabul, um a tiro e outro com uma bomba, mataram hoje pelo menos três pessoas, incluindo o responsável por um órgão independente de vigilância eleitoral, indicaram as autoridades.
© Getty Images
Mundo Afeganistão
Mohammad Yusuf Rasheed, diretor executivodo Fórum afegão para eleições livres e justas (FEFA), e o seu motorista foram mortos por homens armados numa emboscada, disseram a polícia e um dos seus colegas.
O ativista foi atacado no sul da capital, quando se deslocava de carro para o trabalho.
"Ele foi ferido e morreu mais tarde no hospital", disse um dos seus colegas, Abdul Wahab Qarizada, à agência France-Presse. O motorista de Rasheed também morreu no hospital, adiantou.
O porta-voz da polícia de Cabul, Ferdaws Faramarz, confirmou as circunstâncias do assassínio.
Num comunicado, o Presidente afegão, Ashraf Ghani, disse que Rasheed passou muitos anos a trabalhar pela democracia.
"Ao realizar tais ataques, os inimigos não podem fazem recuar o atual Afeganistão, que alcançou avanços e fez conquistas com os esforços incansáveis e sacrifícios do povo", assinalou.
Ross Wilson, encarregado de negócios norte-americano no Afeganistão, declarou-se através da rede social Twitter "consternado" com o assassínio de Rasheed, mais um na "cacofonia da violência absurda e sem fim".
Os assassínios de jornalistas, políticos e defensores de direitos tornaram-se mais frequentes nos últimos meses no Afeganistão.
O outro ataque, à bomba, teve como alvo um veículo da polícia na parte leste da cidade. A explosão matou um agente e ferido outros dois, segundo Faramarz.
O atentado ainda não foi reivindicado, mas o grupo extremista Estado Islâmico tem reivindicado vários ataques em Cabul nos últimos meses.
A violência mantém-se uma constante no Afeganistão, apesar de negociadores dos talibãs e do governo estarem a tentar chegar a um acordo de paz no Qatar.
O FEFA foi criado em 2004 por Nader Naderi, um dos atuais negociadores do governo afegão no Qatar, para promover a democracia e a boa governação.
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