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Afeganistão. EUA e NATO discutem futuro de presença de aliança militar

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, discutiu hoje com o secretário interino de Defesa dos EUA, Christopher Miller, o compromisso de a aliança internacional no Afeganistão permanecer no terreno.

Afeganistão. EUA e NATO discutem futuro de presença de aliança militar
Notícias ao Minuto

16:48 - 16/11/20 por Lusa

Mundo Afeganistão

No meio de especulações de que o Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, possa ordenar uma retirada rápida das tropas norte-americanas no Afeganistão, Stoltenberg conversou hoje com Miller sobre a agenda da aliança militar liderada pelos Estados Unidos, com 30 países, transmitindo-lhe que a "posição da NATO (sobre a situação) não mudou", de acordo com a porta-voz da organização, Oana Lungescu.

"Nenhum aliado da NATO quer ficar mais tempo do que o necessário. Ao mesmo tempo, queremos preservar os ganhos obtidos com esse sacrifício e garantir que o Afeganistão nunca mais se tornará um porto seguro para terroristas que podem atacar os Estados Unidos ou qualquer outro aliado da NATO", disse Lungescu.

A NATO assumiu o comando do esforço de segurança internacional no Afeganistão em 2003, dois anos depois de uma coligação liderada pelos EUA ter derrubado os talibãs, que abrigavam o ex-líder da Al-Qaida, Osama bin Laden.

Em 2014, a NATO iniciou o treino e aconselhamento das forças de segurança afegãs, mas gradualmente retirou as suas tropas, ao abrigo de um acordo de paz intermediado pelos EUA.

"Apoiamos o processo de paz no Afeganistão e, como parte dele, continuamos a ajustar a nossa presença", explicou Lungescu, lembrando que a NATO reduziu a sua presença "para menos de 12.000 soldados e que mais da metade deles são forças não americanas".

Os norte-americanos geralmente constituem pelo menos metade das tropas que participam na missão da NATO na região, tendo fornecido cerca de 8.000 soldados.

Os aliados da NATO e os seus parceiros contam com o poder aéreo, transporte, logística e assistência médica dos EUA para operar e os analistas reconhecem que é improvável que a missão pudesse funcionar sem ajuda significativa dos EUA.

Lungescu disse que os aliados da NATO "continuarão a consultar os EUA sobre o futuro da missão no Afeganistão" e disse que a organização está preparada para ajustar as suas forças "de uma forma coordenada e com base nas condições no terreno".

A violência e o caos aumentaram no Afeganistão nos últimos meses, apesar de os negociadores do Governo afegão e dos talibãs se terem reunido no Catar para encontrar um fim para um conflito de décadas de décadas.

Pelo menos dois militares do Governo afegão e outros quatro ficaram feridos na sexta-feira, num ataque suicida comum carro-bomba em Cabul, de que ninguém assumiu ainda responsabilidade.

Em 07 de outubro, o Presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu na sua conta na rede social Twitter que os EUA deveriam fazer regressar as suas forças no Afeganistão em casa, até ao Natal, numa declaração que surpreendeu os aliados da NATO.

Na semana passada, Trump demitiu o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, dando posse a três responsáveis que lhe são próximos, incluindo Miller, que recentemente atuou como diretor do Centro Nacional de Contraterrorismo, que assume o cargo de secretário de Defesa interino.

Esper tinha trabalhado com líderes militares para dissuadir Trump da retirada total das tropas no e na Síria.

Leia Também: NATO anuncia que retirará tropas do Afeganistão "junto" com as dos EUA

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