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Apoio a Donald Trump "não deve influenciar" agentes de Nova Iorque

A Polícia de Nova Iorque disse hoje que o apoio de um sindicato policial a Donald Trump não deve influenciar a forma como os agentes tratam pessoas que protestam ou votam contra o presidente dos Estados Unidos.

Apoio a Donald Trump "não deve influenciar" agentes de Nova Iorque
Notícias ao Minuto

07:08 - 21/10/20 por Lusa

Mundo Donald Trump

A Associação Benevolente da Polícia, o maior sindicato policial da cidade, quebrou uma tradição de longa data, de não apoiar candidatos presidenciais, ao manifestar o seu apoio a Donald Trump, em agosto, o que motivou hoje uma declaração do chefe do Departamento de Polícia de Nova Iorque (NYPD).

"Quando vestimos este uniforme, somos apartidários. Não temos uma posição num sentido ou noutro", declarou Terence Monahan.

O republicano Donald Trump tem feito a sua campanha com base numa agenda de 'lei e ordem', colocando-se como contrapeso aos protestos por reformas policiais que emergiram nos EUA nos últimos meses.

Muitos agentes da polícia também apoiam Donald Trump, que veem mais como aliado do seu movimento pró policial "Blue Lives Matter" (Vidas Azuis Contam) do que o seu rival democrata, o antigo vice-presidente Joe Biden.

Por outro lado, a Associação Benevolente da Polícia apelidou as preocupações sobre a imparcialidade da polícia de "histerismo absurdo", ao escrever na rede social Twitter que "todos os anos os agentes do NYPD defendem o direito de todos os eleitores votarem em paz".

O tema só hoje ganhou relevância mediática, após um jornalista questionar o presidente da Câmara de Nova Iorque sobre o assunto e o democrata Bill de Blasio responder que não acreditava que os polícias deixassem as suas opiniões políticas interferir nas suas responsabilidades profissionais.

"Existem agentes com pontos de vista de todo o espetro, mas também penso que temos visto uma esmagadora maioria de polícias deixarem as suas convicções políticas em casa e fazer o que tem de ser feito para manter as pessoas seguras e respeitar o protesto pacífico. Qualquer agente que não consiga ou não o faça, teremos de disciplinar e resolver, mas não tenho indicações de que esse seja um desafio generalizado", afirmou Bill de Blasio.

O chefe do NYPD, por sua vez, deu a sua opinião numa conferência de imprensa realizada algumas horas após debater com outros oficiais os planos de policiamento das eleições.

"[Temos] um papel, que é manter as pessoas em segurança e assegurar que toda a gente pode votar. Por isso não haverá incidências de agentes a fazer uso das suas opiniões políticas", disse Terence Monahan.

O próprio Monahan e o comissário de inteligência e contraterrorismo, John Miller, disseram ainda que não existem ameaças credíveis para a cidade de Nova Iorque no que diz respeito a este ato eleitoral, uma vez que nenhum grupo solicitou autorização para qualquer protesto.

"Onde quer que as pessoas venham votar, não interessa quando, se no dia da eleição ou antes, se alguém tentar interferir com o voto da população entraremos em ação. É por isso que temos agentes no terreno. Somos imparciais, mas não permitiremos que alguém interfira com o direito dos americanos saírem para votar", concluiu Monahan.

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