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38 civis massacrados em vários ataques de grupo armado na RDCongo

Pelo menos 38 civis foram massacrados em vários ataques do grupo armado das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla inglesa), no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), disse hoje uma fonte das Nações Unidas.

38 civis massacrados em vários ataques de grupo armado na RDCongo
Notícias ao Minuto

15:41 - 27/05/20 por Lusa

Mundo Congo

No entanto, fontes locais adiantaram à agência francesa AFP que o número de vítimas é bem maior, com cerca de 40 civis massacrados só entre segunda e terça-feira nas fronteiras das províncias do Kivu Norte e Ituri.

Na segunda e terça-feira, pelo menos 22 pessoas foram mortas em dois ataques no sul de Ituri, na fronteira com o Kivu Norte, segundo uma fonte da ONU, que alerta que estes são "provavelmente números provisórios".

A organização não-governamental local Cepadho relatou "pelo menos 40 civis massacrados em ataques da ADF em território Irumu", no sul de Ituri, no início desta semana.

"Foi a partir das 04:00 de terça-feira, 26 de maio, que os terroristas da FAD perpetraram esta carnificina, na sequência de uma série de massacres que tinham acabado de cometer no dia anterior", afirmou a Cepadho em comunicado.

Os massacres de domingo e segunda-feira já tinham provocado pelo menos 16 mortos, de acordo com a fonte da ONU.

"Foram encontrados 17 corpos de civis em Makutano [território Irumu, Ituri]" entre segunda-feira e terça-feira, disseram no Twitter especialistas do Barómetro de Segurança de Kivu (KST), que se baseia numa série de fontes locais.

"Desde 7 de maio, o KST registou a morte de 50 civis em massacres atribuídos às ADF apenas no território do Beni (Kivu do Norte). Em abril, o KST registou a morte de 30 civis atribuídos à ADF", segundo o Barómetro de Segurança de Kivu.

O KST, por seu lado, revelou que as ADF mataram pelo menos 427 civis só na província do Kivu do Norte desde novembro.

Segundo os peritos e observadores, as ADF estão agora a atingir civis como forma de retaliação às operações militares lançadas pelo exército congolês contra as suas bases, na floresta e matas em torno do Beni, perto da fronteira com o Uganda.

Nas últimas semanas, o grupo armado deslocou-se mais para norte, com incursões mortíferas em Ituri.

Já antes de novembro, as ADF eram acusadas de ter massacrado mais de 1.000 civis desde outubro de 2014, visando frequentemente os camponeses, que regressavam dos campos, nas zonas rurais, para as suas aldeias, à noite.

Originalmente rebeldes muçulmanos ugandeses, os membros do grupo armado ADF instalaram-se, em meados da década de 1990, no leste da RDCongo, onde estavam inicialmente baseados, vivendo do tráfico.

Há anos que as ADF não fazem ataques em território do Uganda. Desde abril de 2019, alguns dos seus ataques têm sido reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico.

Em dezembro, um painel de peritos da ONU afirmou, num relatório, que "não conseguiu estabelecer ligações diretas" entre as AFD e o Estado Islâmico, "apesar das afirmações deste último".

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