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Esquerda italiana favorita na Emília-Romanha mas perde a Calábria

A esquerda italiana surgia como favorita nas eleições regionais no seu histórico bastião de Emília-Romanha (norte), mas por pouca margem, mas perde a Calábria (sul) para aliança da direita, indicaram hoje as sondagens à boca das urnas.

Esquerda italiana favorita na Emília-Romanha mas perde a Calábria
Notícias ao Minuto

23:20 - 26/01/20 por Lusa

Mundo Itália

Na Emília-Romanha, feudo da esquerda durante 70 anos, o candidato do Partido Democrata (PD, centro-esquerda), Stefano Bonaccini, garante entre 47 e 51% dos votos, segundo as sondagens divulgadas pela televisão pública RAI.

A sua principal rival, Lucia Borgonzoni, apoiada por uma coligação de partidos de direita liderada pela Liga de Matteo Salvini (extrema-direita), obteria entre 44 e 48%.

Na Calábria, governada pela esquerda desde 2014, a candidata da direita, Jole Santelli, impõe-se com larga vantagem ao ser creditada com 49 a 53% dos votos, face ao candidato da esquerda, Filippo Calipo (29-33%).

Cinco milhões de italianos foram convocados às urnas nestas duas regiões, num escrutínio que Salvini tinha definido como um plebiscito ao Governo de Roma.

Uma vitória da extrema-direita nas duas regiões, em particular na Emília-Romanha, daria força ao discurso do líder da Liga de que pode vencer em qualquer lugar, mas criaria, sobretudo, uma pressão acrescida sobre o frágil Governo de coligação entre o PD e o Movimento 5 Estrelas (M5S, antissistema), que poderia conduzir a eleições legislativas antecipadas e a um regresso da Liga à primeira linha da política italiana.

A coligação, que foi forjada precisamente para evitar eleições antecipadas no verão passado, está ainda mais fragilizada desde o anúncio, na quarta-feira, da demissão de Luigi di Maio da liderança do 5 Estrelas, apontada por muitos analistas como o princípio do fim do partido antissistema, e após a deserção de 15 dos seus deputados nas últimas semanas.

As últimas sondagens para a Emília-Romanha, publicadas em 11 de janeiro, data a partir da qual são proibidas, colocavam Lucia Borgonzoni, em segundo lugar, com 43% a 47%, muito perto do atual presidente do governo regional, Stefano Bonaccini, então creditado com 45% a 49% das intenções de voto.

As assembleias de voto encerraram às 23:00 locais (22:00 em Lisboa) e a contagem dos votos deverá prolongar-se durante toda a noite.

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