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Coordenador da ONU no Líbano pede inquérito sobre "uso da força"

O coordenador especial da ONU para o Líbano, Jan Kubis, defendeu hoje um inquérito sobre "o uso excessivo da força" na repressão dos protestos no país, após um fim de semana de confrontos entre manifestantes e forças de segurança.

Coordenador da ONU no Líbano pede inquérito sobre "uso da força"
Notícias ao Minuto

14:20 - 16/12/19 por Lusa

Mundo ONU

O país conhece desde há dois meses um movimento de contestação inédito contra a classe política, que na generalidade tem decorrido sem incidentes.

No entanto, assumiu formas mais violentas nos dois últimos dias, com um balanço de várias dezenas e feridos entre os manifestantes e os polícias.

Kubis sublinhou na rede social Twitter a necessidade de uma "identificação dos instigadores da violência" ao considerar necessário um "inquérito (...) sobre o uso excessivo da força pelas forças de segurança".

Disparos de gás lacrimogéneo e balas de borracha, lançamento de pedras e confrontos físicos com golpes de bastões e matracas assinalaram a mobilização deste fim de semana, perto da sede do parlamento.

No Twitter, Diala Haidar, da organização não-governamental Amnistia Internacional (AI) denunciou o "uso excessivo da força" contra os manifestantes.

Hoje, o ministro do Interior, Raia al-Hassan, admitiu que foram cometidos "erros", apelando a um "inquérito" sobre os incidentes ao respeito pela "liberdade de expressão".

A Cruz Vermelha Libanesa disse ter assistido no local dos protestos 45 pessoas, manifestantes e polícias, num balanço enviado à agência noticiosa France-Presse.

De acordo com o seu diretor, Georges Kettané, "28 pessoas foram transportadas para os hospitais".

Num comunicado publicado hoje, as forças de segurança interna (FSI) indicaram que 29 polícias foram feridos nos confrontos de domingo.

O coordenador especial da ONU também se pronunciou sobre o novo adiamento das consultas parlamentares para designar um primeiro-ministro, previstas para hoje e após terem sido já adiadas uma semana.

"A prorrogação de uma solução política (...) cria um terreno fértil às provocações e manipulações políticas", advertiu Kubis.

O chefe de governo Saad Hariri demitiu-se em 29 de outubro sob pressão da rua, mas os contactos políticos permanecem bloqueados desde essa data.

Os manifestantes recusam a sua eventual recondução e exigem a formação de um governo de tecnocratas independentes dos partidos no poder.

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