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Egito diz que disputa com Etiópia e Egito deverá ser resolvida
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shorky, disse hoje que a disputa com a Etiópia sobre uma barragem na zona fronteiriça entre os dois países será resolvida em meados de janeiro.
© iStock
Mundo Egito
Em comunicado, o ministro diz que foi definido um calendário para as negociações, no seguimento do encontro de quarta-feira em Washington (Estados Unidos da América), e que nos próximos dois meses haverá encontros para debater os progressos.
A declaração do governante é a primeira desde que as negociações entre os dois países colapsaram, o que levou o presidente do Egito, Abdel-Fattah El-Sissi, a pedir mediação aos Estados Unidos para mediarem a disputa.
No início do mês, fracassaram as negociações sobre a construção da barragem, com um custo estimado em cinco mil milhões de dólares (cerca de 4,5 mil milhões de euros) e a maior em África.
Setenta por cento do projeto está completo e espera-se que venha a providenciar eletricidade aos 100 milhões de etíopes.
No entanto, o Egito, com uma população semelhante, receia que a barragem, no Nilo, vá reduzir a sua parte do rio, procurando defender a sua principal fonte de água fresca.
A imprensa egípcia pró-governo colocou a questão como uma ameaça à segurança nacional que poderia justificar ações militares.
"Alguns falam sobre o uso da força [pelo Egito]. Deve sublinhar-se que nenhuma força poderá impedir a Etiópia de construir a barragem", disse o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed.
O galardoado com o prémio Nobel da Paz, em 2019, advertiu: "Se for preciso irmos para a guerra, podemos ter milhões em prontidão. Se uns conseguem disparar um míssil, outros podem usar bombas. Mas isso não é no melhor interesse de todos".
Abiy Ahmed garantiu que a Etiópia está determinada em terminar o projeto, que foi iniciado por executivos anteriores, "porque é excelente".
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