Caxemira: MNE do Paquistão visita China para consultas
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Paquistão visita hoje a China, como parte dos esforços para pressionar a Índia a reverter a sua decisão de revogar o estatuto especial da região da Caxemira.
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Mundo Caxemira
Shah Mahmood Qureshi vai-se encontrar com os líderes chineses, em Pequim.
Antes de partir, Qureshi afirmou que vai avaliar a situação de Caxemira com o "amigo de confiança" de Islamabad, após Nova Deli ter revogado, na segunda-feira, o estatuto especial que conferia autonomia constitucional ao único estado indiano de maioria muçulmana.
A Caxemira indiana está sob um bloqueio de segurança sem precedentes, para evitar a agitação social, após o anúncio das decisões.
A região dos Himalaias é reivindicada na íntegra pelo Paquistão e pela Índia e dividida entre ambas as nações.
O Paquistão revelou que está a considerar uma proposta para abrir processo no Tribunal Internacional de Justiça contra a decisão da Índia.
Islamabad, que já travou três guerras contra a Índia, duas das quais por causa de Caxemira, considerou ilegal a decisão e, na quarta-feira, expulsou o embaixador indiano e pôs fim ao comércio bilateral.
Na quinta-feira, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, esteve em contacto, via telefone, com os seus homólogos da Índia e do Paquistão, defendendo "uma solução política bilateral".
Caxemira é dividida entre a Índia e o Paquistão, duas potências nucleares que já travaram duas guerras pelo domínio daquele estado.
Os dois países disputam a região montanhosa na totalidade, desde a partição subcontinente, em 1947, no final da época colonial britânica.
Diferentes grupos separatistas combatem, há várias décadas, a presença de cerca de 500 mil soldados indianos na região, para exigir a independência do território ou a integração no Paquistão.
Dezenas de milhares de pessoas, na grande maioria civis, morreram no conflito.
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