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Londres apela a autoridades de Hong Kong para "escutarem as inquietações"

O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt, apelou hoje às autoridades de Hong Kong que "escutem as inquietações" dos seus cidadãos que se manifestam contra um projeto do Governo de autorizar extradições para a China.

Londres apela a autoridades de Hong Kong para "escutarem as inquietações"
Notícias ao Minuto

14:05 - 12/06/19 por Lusa

Mundo Jeremy Hunt

"Exorto o Governo de Hong Kong a escutar as inquietações da sua população e dos seus amigos da comunidade internacional e que refletiam sobre estas medidas controversas", declarou em comunicado.

"É essencial que as autoridades promovam um diálogo construtivo e adotem medidas para preservar os direitos e as liberdades de Hong Kong, e o sue elevado grau de autonomia, que reforça a sua reputação internacional", prosseguiu o chefe da diplomacia.

A primeira-ministra Theresa May, no decurso de uma sessão de perguntas no parlamento que decorreu hoje, também considerou "vital que os acordos relacionados com a extradição estejam em conformidade com os direitos e liberdades que foram estabelecidos na declaração comum sino-britânica".

O território de Hong Kong, ex-colónia britânica, foi devolvido à China em 1997.

Nos termos do acordo de 1984 entre Londres e Pequim e que estabeleceu o regresso da região ao território da China, Hong Kong usufrui de uma semi-autonomia e de liberdades que não existem na China continental e que em teoria devem prevalecer até 2047.

No dia de hoje registaram-se confrontos violentos entre polícias e manifestantes que tentavam irromper no parlamento da cidade, onde milhares de pessoas contestavam o projeto do Governo.

Esta proposta sobre as extradições esteve na origem em finais de abril da mais importante manifestação em Hong Kong desde o "Movimento dos chapéus de chuva" de 2014.

A medida suscitou críticas de juristas, dos meios financeiros e de diplomatas ocidentais inquietos pelos seus cidadãos.

O Executivo de Hong Kong afirma que esta lei se destina a preencher um vazio jurídico e que é necessária para, designadamente, permitir a extradição para Taiwan de um natural de Hong Kong e procurado pela morte da sua companheira.

No entanto, os críticos do texto consideram que o caso deste cidadão procurado por Taiwan é apenas um pretexto para satisfazer Pequim.

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