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Theresa May e Emmanuel Macron saúdam fim do "califado" do Daesh

A primeira-ministra britânica e o presidente francês saudaram hoje a anunciada eliminação do "califado" do grupo extremista Estado Islâmico (EI) e pediram que se continue a luta contra os jihadistas.

Theresa May e Emmanuel Macron saúdam fim do "califado" do Daesh
Notícias ao Minuto

14:34 - 23/03/19 por Lusa

Mundo Terrorismo

As Forças Democráticas Sírias (FDS) anunciaram hoje que o "califado" do grupo extremista Estado Islâmico (EI) foi totalmente eliminado, após combates em Bagouz, o último reduto 'jihadista' na Síria.

"As Forças Democráticas da Síria (SDF) declaram a total eliminação do autoproclamado califado e a derrota territorial de 100% do EI", declarou um porta-voz do SDF, Mustefa Bali, em um comunicado.

"Bagouz é livre e a vitória militar contra o Daesh foi alcançada", acrescentou.

Com o apoio da coligação internacional liderada por Washington, as Forças Democráticas da Síria (SDF), uma aliança de combatentes curdos e árabes, lutam desde setembro.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, saudou a intervenção considerando que a queda do EI foi um "passo histórico", mas pediu que se continue a luta contra os jihadistas.

"Não devemos perder de vista a ameaça do Daesh e o governo (britânico) continua comprometido em erradicar sua ideologia do mal, e continuaremos a fazer o que for necessário para proteger o povo britânico e os nossos aliados", disse em comunicado de imprensa.

Já o presidente francês Emmanuel Macron homenageou a coligação internacional e os seus aliados depois de as forças apoiadas pelos EUA terem declarado a vitória militar sobre o grupo do Estado Islâmico na Síria.

Macron twittou que "um grande perigo para o nosso país foi eliminado, mas a ameaça permanece e a luta contra os grupos terroristas deve continuar".

A França tem sido um membro da coligação que luta contra o EI desde 2014. Vários ataques ocorridos em França têm sido reivindicados pelo grupo, incluindo os de Paris em 2015, que mataram mais de 130 pessoas.

Combatentes curdos e árabes das Forças Democráticas Sírias, apoiadas pela coligação internacional liderada pelos EUA, estavam há várias semanas a combater os 'jihadistas' no que consideravam ser o seu último reduto: a cidade de Bagouz, no interior da Síria.

Os Estados Unidos dirigem a coligação internacional que integra mais de 70 países, com o apoio do Conselho de Segurança da ONU, para combater o terrorismo na Síria e no Iraque.

Embora já não controle territórios, os Estados Unidos calculam que o grupo extremista ainda tem até 20.000 militantes na Síria e no Iraque.

"Cremos que existem entre 15.000 e 20.000 seguidores do EI, seguidores armados ativos, embora muitos integrem células adormecidas na Síria e no Iraque", indicou, na semana passada, o enviado especial dos Estados Unidos para a Síria, James Jeffrey.

Segundo o comandante-chefe do FSD, Mazloum Kobani, quase 11 mil combatentes das Forças Democráticas da Síria (FSD) foram mortos na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (IS) na ofensiva que terminou hoje.

Na ofensiva, 21 mil combatentes dessas milícias curdas apoiadas pela coligação internacional também ficaram feridos, disse Kobani num discurso na base do FSD no Campo de Al Omar, transmitido pela televisão.

Mais de 630 civis, incluindo cerca de 200 crianças, foram mortos em seis meses na batalha do grupo jihadista ISIS no leste da Síria, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Entre os civis mortos - sírios, mas também familiares de jihadistas - estão 209 crianças e 157 mulheres, de acordo com a organização sediada na Grã-Bretanha, que é baseada em uma extensa rede de fontes na Síria.

De acordo com o OSDH, 1.600 IS jihadistas e 730 combatentes do FDS também foram mortos nos combates desde 10 de setembro.

A batalha contra o EI foi a principal frente da guerra na Síria, que atingiu mais de 370 mil vidas desde março de 2011, com o regime de Bashar al-Assad recapturando quase dois terços do país.

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