Supremo israelita invalida candidatura de líder de extrema-direita
O Supremo Tribunal de Israel anunciou hoje ter invalidado a candidatura às legislativas de Michael Ben-Ari, líder do partido de extrema-direita Força Judaica, acusado pelo procurador-geral israelita de "incitação ao racismo" antiárabe.
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Mundo Michael Ben-Ari
A candidatura de Ben-Ari às eleições legislativas de 09 de abril tinha sido aprovada a 06 de março pela comissão eleitoral, mas o partido de esquerda Meretz (oposição) apresentou queixa ao Supremo Tribunal para a invalidar.
"Ben-Ari incita ao ódio contra a população árabe com bases étnicas e nacionalistas", alertou o procurador-geral, Avichai Mandelblit.
Os árabes representam 17,5% da população de Israel.
Ben-Ari e Itamar Ben Gvir, também da Força Judaica, integram a lista de dois partidos nacionalistas religiosos.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, pressionou os dois pequenos partidos a aceitá-los para consolidar o bloco da direita e facilitar a formação de uma coligação para governar após as eleições.
Ben Gvir, contra cuja candidatura também foi apresentado um recurso, poderá candidatar-se, decidiram os magistrados.
Segundo a Força Judaica, trata-se da primeira vez na história parlamentar israelita que um candidato aceite pela comissão eleitoral é impedido de se apresentar ao escrutínio.
O Supremo Tribunal pronunciou-se ainda sobre três outros pedidos de invalidação, tendo autorizado a apresentação às eleições de duas listas árabes -- a Hadash-Taal e a Raam-Balad (esta tinha sido invalidada pela comissão eleitoral) -- e de Ofer Kassif, candidato judeu que integra a lista do partido judaico-árabe de extrema-esquerda Hadash.
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