Espanha combate sinistralidade rodoviária com educação para todos
O alargamento das políticas nacionais de prevenção rodoviária a cidadãos de todas as idades permitiu a Espanha reduzir os índices de sinistralidade, anunciou hoje a responsável pela Direção Geral do Trânsito de Espanha.
© Reuters
Mundo Trânsito
No âmbito do II Simpósio Ibérico de Segurança Rodoviária, que está a decorrer em Leiria, Violeta Manso explicou que, face ao crescimento do número de mortos em acidentes nas estradas de Espanha em 2015, "o Estado reorientou a estratégia nacional espanhola", criando a partir de 2017 "uma série de medidas paliativas, sendo uma delas o Plano Estatal para a Educação Rodoviária para todos os cidadãos, não só apenas para as escolas", onde a educação rodoviária é obrigatória desde 1934.
Os resultados, notou, já se fazem notar, "mas as propostas de educação têm sobretudo efeito a médio e longo prazo", reconheceu.
"Não é como um comprimido que tomamos e nos cura, mas desde 2017 estamos muito melhor, a sinistralidade está a diminuir e acreditamos estar no bom caminho", acrescentou Violeta Manso.
Uma das medidas é dotar os estudantes do ensino superior, futuros professores do secundário, de conhecimentos sobre educação e mobilidade segura.
Espanha ainda contabiliza mais de 1.200 mortos nas estradas por ano - em Portugal são aproximadamente meio milhar - e a sinistralidade, calcula-se, tem um impacto no Produto Interno Bruto (PIB) de 2%, enumerou a responsável.
Desde 2017 e após a aplicação do Plano Estatal para a Educação Rodoviária, Espanha desceu três níveis no ranking dos países europeus com mais vítimas (do quinto para o oitavo lugar), acrescentou.
"O trabalho dirigido a cidadãos de todas as idades tem tido uma eficácia muito maior" e um dos efeitos visíveis é entre os jovens.
Antes do Plano Estatal para a Educação Rodoviária, 30% das vítimas nas estradas espanholas eram crianças e jovens com menos de 25 anos.
"A consciência é agora muito maior e os jovens estão a reagir muito bem às nossas políticas e já são menos os envolvidos nos acidentes", notou Violeta Manso.
Contudo, "o problema ainda é muito grave", sendo os mais vulneráveis os peões, passageiros crianças e passageiros idosos, a par dos condutores de motas e de furgonetas, além de existirem problemas com um novo fenómeno: os condutores de trotinetas.
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