EUA anunciam sanções a cinco colaboradores de Nicolás Maduro
Os Estados Unidos anunciaram hoje a imposição de sanções a cinco colaboradores do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusando-os de estarem envolvidos em atos de "repressão e corrupção".
© Getty Images
Mundo Venezuela
O anúncio foi veiculado através de um comunicado do Departamento do Tesouro, referindo-se a Maduro como "Presidente ilegítimo", e que estas sanções respondem às ações "contra funcionários dos setores de segurança e petróleo que atentam contra a democracia e direitos humanos" no país sul-americano.
Entre os sancionados encontram-se o titular do Serviço Bolivariano de Inteligência Militar, Manuel Figuera, e o primeiro comissário dessa instituição, Hildemaro Mucura, assim como o comandante da Direção Geral de Contrainteligência Militar, Iván Dala, e o diretor das Forças de Ações Especiais da Polícia Nacional, Rafael Mendoza.
A lista fica completa com o responsável máximo da companhia Petróleos da Venezuela SA (Pdvsa), Manuel Fernández, que é descrito como o "presidente ilegítimo" da empresa estatal de petróleo da Venezuela.
O documento expressa ainda que estas sanções são contra os responsáveis por ajudar o "regime ilegítimo de Maduro a reprimir os venezuelanos", especificamente contra "funcionários no comando dos aparelhos de segurança e serviço de informações".
No dia 07 de fevereiro, os EUA declararam sanções contra o governo de Maduro, materializadas em restrições e a revocação do passaporte a membros da Assembleia Constituinte, órgão paralelo ao Parlamento venezuelano, dominado pelo Chavismo.
Ainda a 28 de janeiro, o Departamento do Tesouro ordenou o bloqueio dos ativos da Pdvsa sob jurisdição americana, com o objetivo de os transferir para um novo Governo venezuelano, assim que Maduro abandone o poder.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de janeiro provocou já 40 mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.
Na Venezuela, antiga colónia espanhola, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
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