Eleição anulada em França por falta de paridade. Há mulheres a mais
Tribunal francês anulou eleição do município de Sarcelles porque havia oito mulheres e seis homens na lista de adjuntos.
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Mundo processo
O município de Sarcelles, a noroeste de Paris, em França, elegeu demasiadas mulheres. Pelo menos, assim entendeu o Tribunal Administrativo de Cergy-Pontoise, que anulou as eleições locais por não respeitar a lei da paridade, escreve o Le Fígaro.
As eleições de dezembro do ano passado elegeram para aquele município de Val-d'Oise o autarca Patrick Haddad (Partido Socialista) e este nomeou 14 adjuntos: oito mulheres e seis homens, todos do mesmo partido.
A denúncia foi feita pela oposição, que sublinhou o incumprimento das regras previstas pela lei. Em cada comuna com mil ou mais habitantes o princípio da paridade impõe que "a obrigação de apresentar uma lista onde cada sexo é representado em paridade, com uma diferença de, no máximo, uma unidade".
O escrutínio popular foi, portanto, anulado e o conselho municipal aconselhado a realizar novas eleições "no prazo de quinze dias".
Patrick Haddad já reagiu questionando o que pensará Marlène Schiappa, secretária de Estado para a Igualdade, sobre o facto de "a lei de paridade, que serve para promover a presença de mulheres na política, ser usada para forçar uma mulher a renunciar ao cargo".
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