Terror volta a manchar França. Caça ao homem ainda em curso
Presença policial foi reforçada em Estrasburgo. Hipótese de suspeito já ter saído do país está a ser equacionada.
© Reuters
Mundo Atentado
Remonta a maio deste ano, a ultima vez que França havia sido palco de um ataque terrorista. Numa altura em que as atenções estão centradas no Natal, um homem armado voltou a causar o pânico e o terror no país gaulês, ao tornar um dos maiores mercados natalícios da Europa no palco de, tudo indica, mais um atentado.
Aconteceu na noite desta terça-feira, num mercado de Natal, em Estrasburgo. Um homem de 29 anos, com recurso a uma arma automática, disparou indiscriminadamente, fazendo três vítimas mortais e mais 13 feridos, oito em estado grave. Refira-se que este é o balanço mais recente, tendo esta manhã o número de vítimas mortais sido revisto em baixa, para duas, e novamente em alta, para três, pelas autoridades. Entre as vítimas mortais está um turista tailandês, de 45 anos.
O atirador chegou a estar encurralado duas vezes, tendo inclusive sido ferido na primeira. Mas acabou por conseguir encetar uma fuga apeada. Estará sozinho e armado.
Attaque à #Strasbourg le 11 décembre : point de situation à 7h00 ce matin pic.twitter.com/nWvQ1eUjTV
— Préfet de la région Grand-Est et du Bas-Rhin (@Prefet67) 12 de dezembro de 2018
O susto fez com que a Grande Ile, centro histórico da cidade, fosse de imediato evacuado com a polícia a aconselhar todas as pessoas a permanecerem em casa ou no interior dos restaurantes e bares onde já se encontravam.
O suspeito, que continua em fuga, é Cherif Chekatt, tem 29 anos e nasceu em 4 de fevereiro de 1989, em Estrasburgo. Já era conhecido das autoridades por delitos comuns, mas estava sinalizado por possível radicalização - 'fiché S'. O atirador deveria ter sido, aliás, detido esta terça-feira por homicídio, no entanto as autoridades não o encontraram na residência, no momento em que isso deveria ter acontecido. Diz o Le Parisien que o homem não só é conhecido em França, como na Alemanha, onde também já foi condenado por uma agressão com recurso a arma.
Apesar de se falar já em terrorismo, e de ter sido ativado "o plano urgência atentado" com controlos mais rígidos nas fronteiras, o secretário de Estado do ministro do Interior, Laurent Nuñez afirmou, esta manhã, que não se pode ainda confirmar que Cherif tivesse agido com uma “motivação terrorista”. Apesar de já ser conhecido das autoridades, não seria por crimes desta natureza, afirmou.
Já o ex-presidente gaulês, contudo, fala num “ataque odioso”. François Hollande escreveu no Twitter que o que se passou ontem, em Estrasburgo, nos recorda "que a ameaça terrorista continua presente”
Immense tristesse ce matin. Pensées pour ceux qui ont perdu la vie hier soir à #Strasbourg, pour leurs familles, et pour ceux qui se battent pour rester parmi nous. Cette odieuse attaque vient nous rappeler que la menace terroriste est toujours présente. Soyons vigilants et unis.
— François Hollande (@fhollande) 12 de dezembro de 2018
Entretanto, sabe-se que o suspeito ter-se-á colocado em fuga num táxi. O dono da viatura informou a polícia que Cherif lhe furtou a viatura. Confirmou, também, que apresentava um ferimento no braço. Recorde-se que este terá sido ferido pela polícia.
Hoje, a presença policial foi reforçada em Estrasburgo na esperança de se conseguir deter o atacante, ainda antes de este atravessar a fronteira. Esta é aliás uma hipótese fortemente ponderada pela polícia, que já terá equacionado a possibilidade de o suspeito de 29 anos ter fugido do país, e de poder estar já na Alemanha, uma vez que apenas o rio Reno separa os dois países.
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