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Presidente do Equador pede solidariedade com venezuelanos

O Presidente do Equador, Lenín Moreno, pediu hoje solidariedade com os venezuelanos que tiveram de abandonar o seu país e instou o Governo e o povo da Venezuela a um "diálogo nacional franco e inclusivo" para solucionar a crise.

Presidente do Equador pede solidariedade com venezuelanos
Notícias ao Minuto

16:48 - 25/09/18 por Lusa

Mundo Venezuela

No discurso proferido na Assembleia-Geral das Nações Unidas, Moreno exortou também os países da região a serem "solidários" com os migrantes venezuelanos e a atenderem às suas necessidades.

"Ninguém abandona a terra amada por vontade própria. No Equador, estamos a receber diariamente pelo menos 6.000 irmãos venezuelanos", indicou, destacando as condições difíceis em que esses migrantes estão a entrar no país.

"As crianças chegam com sarampo, com difteria, com poliomielite, mulheres grávidas que nunca tiveram acompanhamento médico. Destinámos mais de 50.000 vacinas para essas belas e indefesas crianças e realizámos dezenas de milhares de 'check-ups' de saúde aos mais de um milhão de irmãos que deixaram as suas casas em busca de melhor sorte", precisou.

Referindo-se à situação como "a maior diáspora da história" do continente americano, Moreno disse que, só no Equador, já entraram este ano mais de 547.000 venezuelanos, a fugir à criminalidade, cada vez maior, à violência policial, à economia em colapso e à grave escassez de alimentos e medicamentos.

"Instámos o Governo e o povo venezuelanos a que resolvam a sua crise como deve ser, com um diálogo nacional franco e inclusivo", sublinhou.

Além disso, convidou os países da região a "assumirem de uma forma prática e integrada a solidariedade com os migrantes, os refugiados e os deslocados venezuelanos".

"Não queremos que os nossos países se fiquem apenas por declarações diplomáticas. Queremos uma ação continental para encontrar uma solução também estrutural para os problemas do povo irmão da Venezuela", defendeu.

Num discurso de mais de 20 minutos, Lenín Moreno abordou numerosos assuntos de política internacional e desenvolvimento, entre os quais o embargo dos Estados Unidos a Cuba, que criticou e a cujo fim apelou.

"Não entendemos como é que um país como este pode bloquear um povo quase indefeso como o de Cuba", observou.

O chefe de Estado equatoriano foi o segundo líder a intervir hoje na Assembleia-Geral, devido ao atraso do Presidente norte-americano, Donald Trump, cujo país ocupa tradicionalmente esse lugar.

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