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Do Chile e da Austrália até Mae Sai: O drama das crianças por resgatar

Antes da conferência de imprensa das autoridades tailandesas para atualizar a informação sobre o estado das oito crianças e do treinador de futebol presos numa gruta em Mae Sai, na província a norte de Chiang Rai, a jornalista que faz a cobertura para o Canal 12, no Chile, faz questão de destacar, em direto, o que aproxima estes dois casos, apesar da distância geográfica.

Do Chile e da Austrália até Mae Sai: O drama das crianças por resgatar
Notícias ao Minuto

04:32 - 09/07/18 por Lusa

Mundo Gruta

À agência Lusa, Flávia Cordella disse que "este caso na Tailândia tem muitas semelhanças com o que se passou no Chile em 2010 com os mineiros".

"No nosso país tivemos cerca de 70 dias com 33 pessoas debaixo de terra, e todos olharam para o norte do país para assistir à melhor forma de [executar] o resgate", explicou, salientando que, então, "também se trabalhou arduamente para salvar e para encontrar o melhor caminho" para as operações de socorro.

"Com estas crianças, a [história] é-nos muito próxima", concluiu a jornalista daquele canal de televisão.

Mesmo 12 anos depois, o repórter do Canal Dez australiano Daniel Sutton garantiu que o drama dos dois mineiros aprisionados após um sismo sentido na Tasmânia ainda está muito 'vivo' na mente da população daquele país.

As operações, que demoraram cerca de 15 dias, e o facto de no caso da Tailândia envolver crianças justificam toda a atenção noticiosa mundial, defendeu.

"Na mente de todos os australianos, neste momento, está o que aconteceu na Tasmânia há 12 anos. (...) Houve um pequeno sismo e a mina ruiu sobre eles: 14 conseguiram escapar, um morreu, mas dois ficaram presos dentro da mina. E levou duas semanas para esses dois homens serem resgatados", recordou Sutton.

"Por isso, muitos de nós [australianos] pensam hoje no que se passou na Tasmânia quando olham para estes jovens rapazes na Tailândia. O desfecho foi positivo para esses dois homens na Tasmânia e esperamos que o mesmo suceda aqui, na Tailândia", disse, confiante.

As idades das crianças reforçam o interesse, acrescentou.

"O facto de ter criado o impacto nas pessoas um pouco por todo o mundo e na Austrália é porque estamos a falar de crianças. Todos os países adoram crianças e não interessa em que parte do mundo é que estes rapazes estão. São crianças e precisam de estar em casa com as suas famílias", sentenciou.

No domingo, as equipas de resgate conseguiram retirar quatro dos 13 elementos da equipa de futebol Wild Boars que ficaram presos na gruta Tham Luang, situada na província de Chiang Rai, no Norte da Tailândia, junto à fronteira com Myanmar (antiga Birmânia) e o Laos.

Jornalistas de dezenas de países estão 'sitiados' num centro de imprensa improvisado pelas autoridades, aguardando por novidades dos oficiais tailandeses.

O grupo encurralado é composto por jogadores, com idades entre os 11 e os 16 anos, e o treinador, de 25 anos.

Os 12 rapazes e o treinador foram explorar a gruta depois de um jogo de futebol no dia 23 de junho.

Na altura, as inundações resultantes das monções bloquearam-lhes a saída e impediram que as equipas de resgate os encontrassem durante nove dias, uma vez que o acesso ao local só é possível via mergulho através de túneis escuros e estreitos, cheios de água turva e correntes fortes.

Nas operações de socorro participam 90 mergulhadores, 40 tailandeses e 50 estrangeiros.

O local onde os jovens ficaram presos situa-se a cerca de quatro quilómetros da entrada da gruta, num complexo de túneis com zonas muito estreitas e alagadas pelas chuvas da monção que afetam a zona, o que obriga a que parte do percurso tenha de ser feito debaixo de água e sem visibilidade.

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