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Igreja venezuelana apela ao uso da "arma democrática da resistência"
A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) apelou hoje aos venezuelanos para que usem a "arma democrática da resistência" e se mantenham unidos face ao atual modelo político, liderado por Nicolás Maduro.
© iStock
Mundo Oposição
"Nós, os cidadãos, temos a arma democrática da resistência", afirmou o presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, José Luís Azuaje, na abertura da assembleia do episcopado venezuelano.
Admitindo que "a vida humana de cada venezuelano assassinado nos protestos do ano passado valia mais do que uma revolução", José Luís Azuaje defendeu, no entanto, que os cristãos devem resistir "pelo bem" lembrou que é preciso unidade para reconstruir o país.
É necessário ter unidade para resolver a crise que a Venezuela atravessa, afirmou, apelando a empresários, políticos, militares e líderes sociais para que assumam as suas responsabilidades e criem um sentimento de missão.
"Fazemos um apelo ao mundo político, ao mundo empresarial, àqueles que tomam decisões para que se unam e procurem o melhor para a Venezuela e sobretudo para conseguir resolver a grave crise" vivida no país, disse.
Queremos "chamar a atenção para que cada um assuma a sua responsabilidade e reveja a sua missão. Os políticos, os empresários, os militares, os que são líderes sociais, etc, cada um deve assumir a sua responsabilidade", sublinhou Azuaje.
O presidente da Conferência Episcopal Venezuelana referiu que "os protestos indicam o fracasso de um modelo" e que este tem sido denunciado "aos gritos" pelo povo.
Segundo José Luís Azuaje os venezuelanos "estão a falar através de manifestações, e a expressar o seu descontentamento".
O religioso lamentou ainda o empobrecimento da população e a falta de capacidade da Igreja para ajudar todos.
"A situação de empobrecimento tem interpelado a nossa Igreja, que tem tido de acudir, mas a procura do povo excede a oferta da Igreja", frisou.
Por outro lado, sublinhou, registou-se um aumento do voluntariado católico, através da rede internacional Cáritas, a quem agradeceu e agradeceu o apoio, assim como às conferências episcopais e igrejas particulares.
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