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Apesar do otimismo de Trump, Coreia do Norte continua a enriquecer urânio

Oficiais sob anonimato garantem que Pyongyang não só não destruiu reservas de urânio, como continua a aumentar a produção.

Apesar do otimismo de Trump, Coreia do Norte continua a enriquecer urânio
Notícias ao Minuto

10:38 - 01/07/18 por Pedro Bastos Reis

Mundo Tensão

Apesar de Donald Trump ter garantido, no final da cimeira de Singapura, que Pyongyang já não representa um perigo nuclear, a Coreia do Norte poderá estar a aumentar o seu enriquecimento de urânio com vista à fabricação de armas nucleares.

A denúncia partiu de vários oficiais dos serviços secretos norte-americanos sob anonimato, que referem mesmo a existência de imagens de satélite que comprovam o desenvolvimento nuclear do regime norte-coreano em Yongbyon.

Em declarações à NBC News, um oficial reitera que a Coreia do Norte ainda não fez qualquer concessão aos Estados Unidos, referindo-se especificamente à repatriação dos restos mortais dos combatentes norte-americanos na Guerra da Coreia e à destruição do local onde são produzidos os mísseis balísticos que foram testados, longo dos anos, pelo regime, isto apesar de ter sido destruído a alegada instalação onde eram realizados os testes nucleares.

“Não há qualquer prova de que eles estejam a diminuir as suas reservas [de urânio] ou que tenham parado a sua produção”, disse o mesmo oficial à estação norte-americano. “Há provas inequívocas de que estão a tentar enganas os Estados Unidos”, denuncia.

Em contrapartida, Washington já cancelou os exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul, que estavam marcados para agosto, uma das principais exigências de Kim Jong-un, que sempre os viu como uma ameaça à segurança do seu país.

Durante este mês de julho, segundo o The Guardian, é expectável que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, visite Pyongyang para prosseguir as negociações com o regime norte-coreano.

Na sequência do encontro histórico em Singapura, em que, pela primeira vez, os líderes em funções da Coreia do Norte e dos Estados Unidos se encontraram pessoalmente, Pyongyang prometeu avançar para a desnuclearização da península coreano, apesar de não se ter comprometido com um prazo específico ou com etapas a cumprir.

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