Macron critica "cinismo e irresponsabilidade" de Itália no caso Aquarius
O Presidente francês, Emmanuel Macron, criticou hoje o "cinismo e irresponsabilidade" do Governo de Itália ao recusar receber o navio Aquarius, com mais de 600 migrantes a bordo, afirmou o porta-voz do executivo francês, Benjamin Griveaux.
© Reuters
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Para Macron, o governo italiano agiu segundo "uma forma de cinismo e uma parte de irresponsabilidade", porque "o Direito Marítimo" determina que, "em caso de socorro, é a costa mais próxima que assume a responsabilidade do acolhimento".
Questionado sobre por que motivo França não se ofereceu para receber o navio, o porta-voz disse que "está afastada [a hipótese] de criar um precedente" e que devia ter-se aplicado o Direito Internacional.
"Se um navio tivesse França como a costa mais próxima poderia aportar" em França, porque assim determina "o respeito pelo Direito internacional", acrescentou o chefe de Estado, elogiando "a coragem" de Espanha que se ofereceu para acolher o navio, segundo o porta-voz.
O Aquarius, operado pela organização não-governamental francesa SOS Mediterranée, transporta 629 migrantes resgatados do Mediterrâneo ao longo do dia de sábado, entre os quais 123 menores, 11 bebés e sete grávidas.
No domingo, o navio foi proibido de atracar em Itália e, depois, em Malta, situação que só foi desbloqueada na segunda-feira com a oferta do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, de o receber em Valência (leste).
Emmanuel Macron foi criticado por destacados membros do Partido Socialista em França pelo silêncio que manteve, até agora, em relação ao caso Aquarius.
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