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"Não há 100% de certeza" sobre autoria de ataque

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse hoje no Parlamento estar convencido que o regime sírio é responsável pelo ataque com armas químicas de 21 de agosto, mas disse que não há "100 por cento de certeza".

"Não há 100% de certeza" sobre autoria de ataque
Notícias ao Minuto

16:48 - 29/08/13 por Lusa

Mundo David Cameron

"Não há 100 por cento de certeza quanto à responsabilidade", mas "é preciso tomar uma decisão", disse Cameron, exortando os deputados a "responder a um crime de guerra".

Uma intervenção militar na Síria "não seria uma invasão, nem tomar partido ou mudar o regime", mas "uma resposta a um crime de guerra", o uso de armas químicas, defendeu.

Cameron falava aos deputados no início de uma sessão parlamentar convocada de urgência para votar sobre o "princípio" de uma intervenção militar em resposta a um alegado ataque com armas químicas do regime sírio.

A moção governamental apresentada por Cameron na Câmara dos Comuns condena "o uso de armas químicas na Síria a 21 de agosto de 2013 pelo regime de (Bashar al-) Assad" e defende que "é necessária uma resposta humanitária forte da parte da comunidade internacional, envolvendo, se for preciso, uma ação militar legal, proporcionada e destinada a salvar vidas ao impedir um recurso no futuro a armas químicas na Síria".

A votação está prevista para hoje à noite, mas para o lançamento efetivo de uma operação militar, a moção prevê uma segunda votação depois de conhecidos os resultados da missão de inspetores da ONU que está na Síria, uma imposição da oposição trabalhista.

Os trabalhistas têm dito que votarão contra uma intervenção militar sem serem conhecidas as conclusões dos peritos da ONU.

O líder da oposição trabalhista, Ed Miliband, "determinado a tirar consequências do passado, nomeadamente no Iraque", disse, antes do início do debate, que a Câmara dos Comuns "não pode passar um cheque em branco ao primeiro-ministro para uma intervenção militar e pediu "provas convincentes" da responsabilidade do regime de Assad.

O próprio Cameron afirmou hoje que se tiraram "ilações de conflitos anteriores (...), nomeadamente do que correu mal no Iraque em 2003", mas sublinhou que a diferença é que "agora não há dúvidas de que foram usadas armas químicas".

O primeiro-ministro britânico disse ainda que há 10 anos, o atual presidente norte-americano, Barack Obama, se opôs ao ataque ao Iraque e agora "está profundamente convicto que foi ultrapassada uma linha vermelha e apoia a ação".

O mesmo afirmou em relação à Liga Árabe que em 2003 foi contra uma intervenção militar e agora pediu ao Conselho de Segurança da ONU para superar as divergências entre os seus membros e aprovar medidas de dissuasão contra o regime de Assad.

O Reino Unido apresentou na quarta-feira uma resolução no Conselho de Segurança para obter a aprovação da ONU para uma intervenção, mas os vetos da Rússia e da China podem travar a iniciativa.

A guerra civil na Síria dura há mais de dois anos e já provocou mais de 100.000 mortos, segundo números da ONU.

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