"Chefs não devem cozinhar para a Michelin, mas para os seus clientes"
A diretora de Marcas do grupo Michelin advertiu hoje que os chefs "devem cozinhar" para o público e não para procurar conquistar estrelas do guia, lembrando que os inspetores do guia que visitam os restaurantes se comportam "como os clientes".
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Lifestyle Claire Dorland-Clauz
"Os cozinheiros não devem cozinhar para a Michelin, mas para os seus clientes. É assim que está certo e é assim que deve continuar", defendeu Claire Dorland-Clauzel, diretora de Desenvolvimento Sustentável, de Marcas, de Relações Externas e do Guia Michelin, e membro do comité executivo do grupo.
O Guia Michelin Espanha e Portugal 2018, que foi apresentado na quarta-feira à noite em Tenerife, Espanha, distinguiu dois novos restaurantes portugueses com uma estrela ('muito bom na sua categoria, compensa parar') - Vista, do chef João Oliveira (Portimão) e Gusto by Heinz Beck (Almancil).
Portugal passa a contar com 18 restaurantes com uma estrela e mantém os cinco restaurantes com duas estrelas Michelin ('cozinha excelente, vale a pena o desvio').
"Os inspetores de todo o mundo são independentes, profissionais, comportam-se como clientes, certamente exigentes, e pagam as suas contas", realçou a responsável.
Tal como os clientes, prosseguiu, os inspetores estão "atentos a fatores como os produtos de qualidade e frescos, controlo da cozedura, a regularidade e a expressão da criatividade dos chefs na cozinha, que são os artistas".
O Guia Michelin, disse, são "as estrelas, os Bib Gourmand, os hotéis" e, "principalmente, algo que é comum a todos: a qualidade e a excelência".
"Estes valores são o ADN do Guia Michelin. São fundamentais e são o que nos diferencia da concorrência", sublinhou.
Espanha tem um total de 195 restaurantes galardoados: 11 com três estrelas (dois novos nesta edição), 25 com duas estrelas (cinco novos em 2018) e 159 com uma estrela (17 novos).
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