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Afinal, pode não ser preciso tomar os antibióticos até ao fim

Estudo contraria as recomendações da Organização Mundial de Saúde revelando que continuar a tomar antibióticos depois de estar bem pode, na verdade, aumentar a resistência das bactérias.

Afinal, pode não ser preciso tomar os antibióticos até ao fim
Notícias ao Minuto

12:30 - 27/07/17 por Vânia Marinho

Lifestyle Estudo

Um relatório realizado por dez especialistas em doenças infecciosas da Universidade de Oxford e Brighton e da Sussex Medical School diz que o conselho atual para tomar os antibióticos até ao fim não se baseia em provas científicas.

E mais, os especialistas dizem que há indícios de que parar os antibióticos mais cedo, assim que as pessoas se sentem bem, é uma maneira segura e eficaz de reduzir o seu uso excessivo.

O professor Martin Llewelyn, e principal autor do relatório, explica, citado pelo Daily Mail, que "historicamente, os ciclos dos antibióticos foram estabelecidos por precedentes, impulsionados pelo medo de um sub-tratamento, com menos preocupação com o uso excessivo (...). Concluir o ciclo vai contra uma das crenças mais importantes e generalizadas sobre a medicação, que é a de que devemos tomar o mínimo de medicação possível”.

Num artigo para o jornal BMJ, o professor Llewelyn e os seus colegas reforçam que "a falaciosa crença de que os ciclos de antibióticos devem ser sempre completados para minimizar a resistência é provavelmente uma barreira relevante para a redução do uso desnecessário de antibióticos".

"Os pacientes podem responder de forma diferente ao mesmo antibiótico. Atualmente, ignoramos amplamente este facto e, em vez disso, fazemos (...) recomendações para a duração do antibiótico baseadas em indícios precários", acrescentam.

Os especialistas destacam ainda que nos hospitais, os tratamentos com antibióticos são cessados assim que o paciente mostra ter recuperado da infeção, o que contraria as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), de tomar os antibióticos até ao fim.

Para este relatório, os investigadores e especialistas analisaram os resultados de vários estudos sobre os antibióticos, e descobriram que os ciclos mais curtos - de cerca de metade da duração do que é normalmente prescrito - não tiveram impacto sobre a recuperação, reinfeção ou morte do paciente.

Certos antibióticos, como os usados para tratar a tuberculose, obtiveram melhores resultados quando usados por períodos mais longos. No entanto, outros, como os para a pneumonia, podem ser igualmente eficazes em ciclos mais curtos.

Os autores sublinham, no entanto, que são necessários mais estudos e provas para conseguir determinar os conselhos que devem ser dados aos pacientes sobre a duração do tratamento.

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