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Está com o coração partido? Novo medicamento promete curar desgostos

Será que o propranolol é a cura para todos os males? Um investigador canadiano garante ter formulado um tratamento capaz de apagar as emoções traumáticas e a dor associada.

Está com o coração partido? Novo medicamento promete curar desgostos
Notícias ao Minuto

12:19 - 06/03/20 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Cura para o coração partido

Para este efeito, conforme explica um artigo publicado no portal Green Me, o cientista Alain Brunet, de Montreal, recorre a um betabloqueador, o qual era utilizado até então para tratar doenças como a hipertensão ou enxaqueca, e que agora é incorporado em sessões de terapia.

O cientista passou 15 anos a estudar indivíduos que haviam sido vítimas de traumas pós guerra e de ataques terroristas. Pessoas estas que sofriam de TEPT (transtorno de stress pós-traumático) e de modo a acelerar o processo de recuperação, Alain começou a administrar-lhes um fármaco denominado propranolol.

Segundo o Green Me, os pacientes tomavam o medicamento uma hora antes da sessão de terapia, chamada por Alain Brunet de ‘Terapia de Reconsolidação’. De seguida era solicitado ao doente que redigisse um relato sobre o trauma e que o lesse em voz alta. O especialista argumenta que essa técnica é usada de modo a criar uma ‘porta aberta’ capaz de atingir a parte emotiva da memória, a qual se situa na amígdala.

Em declarações à BBC News, o investigador explicou que quando se revive a memória traumatizante, a pessoa utiliza os dois canais (hipocampo e amígdala), mas o propranolol tem como alvo apenas a amígdala. Ou seja, o medicamento age nas emoções, suprimindo a dor emocional e atenuando a emotividade que esses sentimentos causam.

No final da experiência, os dados apurados referiam que cerca de 70% dos pacientes que sofriam com TEPT melhoraram significativamente após algumas sessões de 'Terapia de Reconsolidação'.

Mas é possível curar um coração partido?

Alain Brunet decidiu aplicar o mesmo tratamento a indivíduos que haviam sofrido desgostos amorosos (que incluíam separações ou traições).

Para a realização de uma nova pesquisa, foram recrutados voluntários cujos parceiros haviam sido infiéis, abandonados e vítimas de outras deceções amorosas – e que simplesmente não conseguiam seguir em frente.

Após frequentarem algumas sessões da ‘Terapia de Reconsolidação’ muitos desses voluntários foram finalmente capazes de abandonar esse ‘looping traumático’.

Perante os resultados tão positivos que advieram do uso do propranolol para atenuar emoções traumáticas, o investigador pretende agora realizar mais pesquisas de modo a entender como o fármaco poderia ser utilizado para tratar fobias, dependência e luto.

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