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Tipo de sangue pode ditar se sobrevive (ou não) a um ferimento grave

Qual é o seu tipo?

Tipo de sangue pode ditar se sobrevive (ou não) a um ferimento grave
Notícias ao Minuto

14:00 - 03/05/18 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Medicina

Nas urgências de qualquer hospital, médicos e enfermeiros fazem regularmente aquilo que podem e o que não podem na tentativa de salvar as vidas que ali chegam. Mas, para alguns pacientes, o seu tipo de sangue pode ser logo à partida uma desvantagem.

Um novo estudo que analisou a mortalidade de cerca de 900 pacientes admitidos na urgência de um hospital japonês, vítimas de traumas físicos severos, apurou que o tipo de sangue foi muitas vezes um fator decisivo entre aqueles que sobreviveram e os que padeceram dos ferimentos.

“A perda de sangue é uma das principais causas de morte entre pacientes com traumas severos, mas estudos que relacionem os diferentes tipos de sangue e o risco de morte associado são ainda raros”, explica o cirurgião e autor do projeto de investigação Wataru Takayama, clínico no Hospital Universitário Médico e Dentário de Tóquio.

"Queríamos testar a hipótese segundo a qual a sobrevivência a lesões graves é diretamente afetada pelo tipo de sangue dos pacientes”.

Para tal, Takayama e uma equipa de médicos recolheram os dados de 901 feridos que deram entrada nas urgências daquele hospital, vítimas de traumatismos severos, entre 2013 e 2016.

Takayama refere que um trauma severo regista medicamente uma pontuação superior a 15 – o que significa que os ferimentos têm o potencial de provocar incapacidade debilitante a longo prazo e até morte.

Os investigadores descobriram que os pacientes com sangue de tipo O, apresentavam um maior risco de virem a falecer devido a ferimentos graves.

A taxa de mortalidade para estes indivíduos era de 28%, um valor quase três vezes superior aos índices de mortalidade de outros pacientes com tipos de sangue diversos (de apenas 11%).

Mas qual é o motivo para que tal aconteça?

Como se tratou de um estudo puramente observacional, Takayama não dá certezas. Porém ele e a equipa sugerem que tal poderá dever-se aos níveis baixos de um agente de coagulação sanguíneo específico, que se sabe ser reduzido em pessoas com tipo de sangue O.

“Vários estudos já demonstraram que pacientes com este tipo de sangue têm entre 25% a 30% a menos do tipo de plasma conhecido por Fator de von Willebrand, comparativamente a pessoas com outros tipos de sangue, o que aumenta o risco de ocorrência de hemorragias”, diz.

“Este Fator tem um papel decisivo no processo de hemostase (paragem do sangramento)”, acrescenta.

Takayama espera agora progredir com a investigação para um melhor entendimento do fenómeno.

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