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CGD: "Um bom acordo", mas despedimentos serão "inaceitáveis"

A eurodeputada do Bloco de Esquerda (BE), Marisa Matias, considerou hoje um "bom acordo" com a Comissão Europeia aquele que vai permitir recapitalizar a Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas considera inaceitáveis despedimentos e aguarda detalhes sobre esta questão.

CGD: "Um bom acordo", mas despedimentos serão "inaceitáveis"
Notícias ao Minuto

19:00 - 27/08/16 por Lusa

Economia Marisa Matias

"De facto é um bom acordo permitir a recapitalização de um banco público. As pessoas em Portugal percebem que há tantos anos andamos a recapitalizar a banca privada, com tantas perdas que houve em termos económicos, que é muito importante termos uma banca pública, forte, recapitalizada e que resista aos embates da economia", respondeu Marisa Matias quando questionada pelos jornalistas sobre o plano de recapitalização da Caixa, à margem do fórum Socialismo 2016, a rentrée política do BE.

No entanto, a ex-candidata presidencial apoiada pelos bloquistas nas eleições de janeiro considera ser preciso saber "os detalhes sobre a questão dos despedimentos", uma vez que é inaceitável que estes ocorram.

"A posição da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu não tem sido muito favorável a Portugal na maior parte dos casos. Até me surpreendeu, de certa forma, que a comissária da concorrência tenha chegado a este acordo porque tudo apontava para que houvesse uma pressão ainda maior", admitiu.

Na opinião de Marisa Matias, Portugal não tem de "facto controlo público nenhum da banca e é preciso manter a Caixa em mãos públicas".

"Mas o Banco Central Europeu tem tido um comportamento deplorável relativamente a Portugal e às economias que estão mais fragilizadas", condenou.

Para a eurodeputada do BE, "as regras e a pressão europeia em relação a Portugal não estão para terminar".

"Este é um acordo de Governo que as instituições europeias não querem e ninguém morre de amores por ele", reiterou.

Por isso, Marisa Matias avisa que a "pressão irá continuar, a chantagem irá continuar" e Portugal tem que "ir ganhando espaço de manobra e de confrontação" porque só dessa forma poderá recuperar também alguma da soberania perdida.

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