BCE "irá fazer mais" se governos não agirem
O Banco Central Europeu (BCE) pode ser forçado a reforçar os programas de estímulo monetário se os governos não conseguirem dinamizar as economias, disse hoje Benoît C(ce)uré, um dos membros do conselho de administração.
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Economia Benoît C(ce)uré
"Se não há muita coisa a acontecer do lado das reformas estruturais, se não há muito a acontecer na frente orçamental... Então, o BCE irá fazer mais", afirmou C(ce)uré numa conferência hoje em Genebra, segundo noticiou a Bloomberg.
O conselho de administração do BCE reúne-se a 08 de setembro, depois de ter decidido não tomar novas medidas no último encontro, em julho, semanas depois do referendo no Reino Unido que ditou a saída do país da União Europeia.
Com mais informação económica que ficará disponível no início de setembro, alguns analistas esperam que o presidente do BCE, Mario Draghi, anuncie novas medidas.
Em julho, Draghi afirmou que o BCE está "pronto, com vontade e em condições" de intervir se necessário.
No entanto, hoje Benoît C(ce)uré alertou que "quanto mais [o BCE] faz, mais efeitos colaterais se vão materializar".
As taxas de juro na zona euro têm estado negativas desde 2014, apesar de o BCE ter injetado milhões de euros como forma de estimular os mercados, nomeadamente através do programa de compra de dívida pública e privada num montante de 80 mil milhões (o chamado 'quantitative easing') e da concessão de crédito mais barato aos bancos numa tentativa de injetar dinheiro no sistema financeiro.
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