Recapitalização e resolução foram "momentos difíceis" para a Rentipar
A Rentipar, acionista histórica do Banif, teve na recapitalização pública do banco em 2013 e na resolução do mesmo no final de 2015 os seus "momentos mais difíceis", disse hoje um administrador do grupo.
© Reuters
Economia Banif
Fernando Inverno está a ser ouvido esta tarde na comissão parlamentar de inquérito sobre o Banif enquanto representante da Rentipar, entidade presidida por Teresa Roque, filha do fundador do Banif, Horácio Roque.
"A Rentipar conheceu o momento mais difícil da sua história quando o banco teve de ser recapitalizado com apoio público [no começo de 2013]. Foi aí que incidiu o maior problema e o maior impacto na Rentipar", vincou o responsável.
A diminuição da participação da Rentipar no Banif "gerou prejuízo logo naquele momento", mas depois houve a "esperança" de que o banco pudesse melhorar, nomeadamente com o evoluir das suas ações em bolsa e também do contexto económico e financeiro internacional.
"O segundo momento [mais difícil] terá acontecido na resolução do banco", diria posteriormente Fernando Inverno aos deputados da comissão parlamentar de inquérito.
A audição de Fernando Inverno decorre sem recolha de imagens e vídeos, tendo o administrador da Rentipar pedido a reserva de imagem para que não houvesse fotografias e transmissão em vídeo da sua presença na comissão de inquérito.
Em 2003, a Rentipar - à época detida maioritariamente por Horácio Roque - passou a deter o controlo direto do capital do Banif, na sequência da oferta pública de aquisição.
Após a injeção de 1,1 mil milhões de euros do Estado no banco, a posição da 'holding' mudou: o Estado ficou então dono de 99,2% das ações do Banif e de 98,7% dos direitos de voto.
Os outros principais acionistas eram a Rentipar Financeira ('holding' detida nessa altura pelas filhas do fundador do banco, Horácio Roque) e o grupo Auto-Industrial.
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