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André Villas-Boas ao ataque: "Lamentável que o FC Porto não seja exemplo"

Presidente do FC Porto lamentou que a SAD não renuncie aos cargos e abordou diversos outros temas, em declarações prestadas aos jornalistas, após tomar posse.

André Villas-Boas ao ataque: "Lamentável que o FC Porto não seja exemplo"
Notícias ao Minuto

13:56 - 07/05/24 por Notícias ao Minuto

Desporto FC Porto

Mensagem aos sócios: Deixo uma mensagem de união, força. O FC Porto tem de se encontrar, rapidamente, com o título nacional. É a fonte principal da nossa motivação. Somos uma equipa feita para vencer, com um currículo invejável e um legado que nos enche de responsabilidade, pelo que, em primeiro lugar, agradeço a confiança depositada em mim, e espero corresponder à exigência. É um compromisso maior. Serei sempre o transportador do seu portismo. Espero estar à altura do desafio.

Apelo à SAD: Isto é tudo uma situação muito sensível. Ninguém quer colocar em causa uma transição suave por parte da direção, que é confirmada hoje. O tempo urge, porque há decisões fundamentais que têm de ser tomadas. Uma situação destas, e já tivemos inúmeros exemplos no futebol português, não resulta benéfica para ninguém. Seria sempre uma renúncia que facilitaria processos de decisão da direção e um ponto de referência para os funcionários que se encontram entre o presidente de um clube e o de uma SAD. Não posso fazer mais pedidos, cabe aos próprios assumir que, quanto mais rápida for esta transição, melhor. A realidade é que 30 ou 31 de maio é tarde. Queremos fazer de tudo para garantir que esta será uma transição rápida e respeitada de todos os elementos que tanto deram ao FC Porto. Os sócios ditaram uma mudança, e essa mudança tem de ser respeita. Se puder ser abreviada com um sentido de responsabilidade, melhor. Não posso fazer mais nada, cabe aos próprios decidirem. Estamos ao trabalho, hoje, e, como no resto dos dias da minha vida, cheguei cedo ao trabalho, e assim conto ficar, nos próximos dias. As primeiras reuniões com os funcionários, conhecer as equipas e abraçar este projeto de corpo e alma.

Centro de Alto Rendimento: Para já, foram conversas iniciais com os presidentes da câmara, que correram bastante bem. Há abertura dos dois para ambos os projetos. São projetos que não têm muito a ver, sobretudo, do ponto de vista de unidade, velocidade e custo de obra. É uma decisão maior, de grande responsabilidade, que tem de ser tomada. Gradualmente, vamos tomar conta dos dossiês para tomar a melhor decisão. Tivemos uma reunião para perceber a academia da Maia, e a verdade é que ainda preciso de ter o projeto financeiro para escolher a melhor solução para o futuro do FC Porto. São dois projetos bem diferentes. Há um de execução mais rápida, eficaz e unitária, e outro que é uma obra que bem dignifica o FC Porto e a sua formação, mas com outro tipo de custos e considerações. Máxima atenção a ambos os projetos. A decisão que for tomada será a melhor para o futuro do FC Porto.

Objetivos para a próxima temporada: As modalidades pertencem ao clube, e o Mário Santos já está em funções, com algumas limitações e considerações por parte de alguns diretores e vice-presidentes ligados às modalidades. Tivemos isso em consideração, e o Mário Santos reuniu com os mesmos para garantir que a transição fosse suave. Do ponto de vista da equipa de futebol, é um processo mais sensível. Estamos a falar da SAD, mas não será impeditivo para realizarmos as reuniões que temos de fazer. Conto, esta semana, apresentar-me e à minha equipa no Olival, aos jogadores, para começar a construção do futuro do FC Porto.

Pinto da Costa quer estar no banco, no Jamor: Do ponto de vista da troca de documentação, estamos a ter todas as informações necessárias. É importante que as pessoas percebam que não é uma situação fácil para os funcionários do FC Porto, porque há duas dinâmicas correntes, que obriga as pessoas a estarem atentas. Essa orientação deve ser futura. Estamos com todos os dossiês abertos, mas ninguém se vai juntar a uma direção que não renuncia sem ter total controlo de execução e poder de veto. Isso está fora de questão, e já o fizemos entender, através dos advogados. Só aceitamos tomar conta ou cooptar José Pereira da Costa ou outro vice-presidente num sentido de ter total liberdade de poder sobre a comissão executiva. Não está em causa a presença história, nem nunca estará, do presidente na final da Taça. Sei muito bem o que ele representa para todos os portistas, e transfere um sentimento de força para toda a equipa. Agora, na construção de uma organização moderna, transparente, ditada por uma vitória estrondosa, é lamentável que o FC Porto não seja exemplo, ao contrário do que foram outros clubes de Portugal, neste caso, os rivais mais diretos, que asseguram transições no próprio dia, quer do clube, quer da SAD. Tudo isto é sensível, demora. Eu, enquanto presidente do FC Porto, darei ordem à MAG para que se inicie a deliberação dos novos órgãos sociais. Não podemos estar satisfeitos com esta situação. Há muitos dossiês, agentes que nos perguntam como é a situação, os funcionários também... A situação é sensível. Numas eleições como estas, votadas historicamente pelos associados, devia haver um pouco mais de humildade por parte das pessoas. Aqui, ninguém está para afetar o FC Porto. Estamos para elevá-lo e distingui-lo enquanto o melhor clube português. Se essas pessoas tivessem humildade, já o estariam a fazer.

Impacto da demora na transição: Não é temer pela próxima época, mas há um sentimento de controlo total que tem de existir por parte da presidência de um clube, e isso não acontece. A maior parte dos poderes estão centrados na SAD, e, apesar de haver partilha de documentação, é importante que a mesma seja sustentada por uma comissão executiva onde estaria presente um dos nossos administradores, com poder executivo e de veto. Não há qualquer outra forma de entrarmos nesta cooptação sem essas premissas estarem contempladas. Vamos ter de acelerar processos. Tudo já é demasiado tarde, e convinha que as pessoas facilitassem um bocado a coisa.

Conversa com Sérgio Conceição: Amanhã ou depois irei deslocar-me ao Olival, alinharei isso com a equipa principal, para fazer a apresentação da nova direção do clube aos jogadores. Os jogadores, hoje, tinham treino, pelo que o capitão da equipa e o treinador não estavam presentes. Fizemos questão que estivessem presentes os capitães e treinadores de todas as modalidades. Sem afetar nunca os compromissos da equipa, iremos fazer a nossa apresentação, no Olival, e dar início às conversações sobre a construção do futuro do FC Porto.

Quando estará preparado para trabalhar: Já estamos a trabalhar, enquanto presidentes do clube. Já temos as nossas instalações, no lado nascente. O que facilitaria muito seria uma cooptação com poder total, executivo e de veto. Só assim aceitaríamos a cooptação de um ou dois dos nossos administradores. Enquanto isso não acontecer, não iremos ceder. Precisamos da cooperação dos atuais administradores da SAD. Nesta fase, abrindo dossiês, documentando, chamando funcionários, partilhando documentação e tomando as decisões que achamos ser estruturantes para o futuro do clube.

O que mais o preocupa: Neste momento, há muita informação ou troca de contratos para serem analisados, do ponto de vista jurídico. Há coisas sensíveis relativamente ao nosso futuro, tomadas recentemente, que estamos a analisar extensivamente. É um processo extenso. Depois, há uma responsabilidade importante sobre a tesouraria. Queremos responder em devida altura e iniciar os contactos com poder total, para encontrar essas soluções, que são muito importantes para o futuro do clube. Passo a passo, vamo-nos apoderando de toda a documentação, para tomar as melhores decisões do ponto de vista da academia, do contrato com a Ithaka, da Legends, a reavaliação do estádio, renovações recentes, mandatos exclusivos de jogadores... Tudo isto é informação sensível para a qual, gradualmente, estamos a construir as melhores opções para o clube.

Adeptos pedem resultados rápidos: É uma responsabilidade boa, para a qual estamos preparados. Conheço bem o clube e os adeptos, sinto-os na palma da minha mão. Foi isso que me marcou enquanto treinador do FC Porto, e é isso que me vai marcar enquanto presidente.

Motivos para a demora na transição: Não posso responder a isso, só os próprios podem responder. O presidente já respondeu que não estará disposto a renunciar ao cargo. Parece-me evidente que quer estar na final da Taça, e estaria sempre. Para mim, seria um orgulho, e seria sempre uma motivação para a equipa. Isso nem seria o caso. No caso dos outros, há que lhes perguntar, porque estão em gestão desde o dia 31 de dezembro de 2023.

Poder de veto: Isso é fundamental para qualquer nova direção, ninguém se vai cooptar sem ter total controlo sobre as decisões. Cada um será responsável pelos seus atos, e analisaremos extensivamente tudo o que foi feito recentemente. Que atrasa, atrasa. Não é uma situação ideal. O FC Porto, enquanto grande instituição e melhor clube nacional que é, deve ser sempre o exemplo. Neste caso específico, não o estamos a ser.

Primeira medida: Em primeiro lugar, gostava de lançar o mais brevemente possível uma facilitação e angariação de novos sócios do FC Porto. Este é um momento mágico para o clube, onde muitas pessoas estão a tornar-se associadas. O processo é lento, de papel e caneta. Se fosse digital, rápido e eficaz, os números seriam muito superiores aos que constatámos. Claro que estes processos de transformação digital demoram. Será responsabilidade do Tiago Madureira e um dos seus principais pontos de ordem de trabalho. Gostava que o mesmo estivesse já em curso. Não é uma coisa para dias, é para alguns meses, pelo que peço aos adeptos que nos deem um bocadinho de paciência e não percam a ilusão até lançarmos essas novas campanhas de angariação de sócios.

Leia Também: André Villas-Boas toma posse. Fé e 'recados' para um 'novo' FC Porto

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