Líderes dizem que abrandamento da China não traz grandes preocupações
O abrandamento da economia chinesa não é uma razão para grandes preocupações relativamente ao impacto que tem na evolução da economia mundial, consideraram hoje alguns dos maiores líderes financeiros no Fórum Económico Mundial, em Davos.
© Reuters
Economia Davos
"Não estamos a ver uma aterragem forçada, estamos a ver uma transição", considerou a diretora executiva do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, num debate sobre as perspetivas económicas para este ano.
As preocupações sobre o abrandamento da economia chinesa tiveram um impacto nos mercados, causando turbulência nas últimas semanas, visível também na depreciação de 1,5% da moeda chinesa este mês.
O FMI prevê que a China abrande para 6,3% este ano, o valor mais baixo dos últimos 25 anos, depois de uma expansão de 6,9% do PIB no ano passado, e esta foi uma das razões para a revisão em baixa da previsão de crescimento da economia mundial para 3,4%.
"Mesmo um crescimento da China a esta taxa vai acrescentar uma economia do tamanho da Alemanha no final da década", relativizou o ministro das Finanças britânico, George Osborne.
O consenso relativamente à China veio também do governador do banco central do Japão, que considerou que o abrandamento era esperado tendo em conta as transformações que estão a decorrer no país.
"O que estamos a observar na economia chinesa pode ser considerado como um processo de transformação interna, de uma economia centrada no investimento e na produção para uma economia focada nos serviços e no consumo, afirmou Haruhiko Kuroda.
A China não é o único problema económico mundial que os líderes políticos enfrentam, há também a juntar o terrorismo islâmico, a descida dos preços das matérias-primas e a turbulência nos mercados financeiros.
"Em 46 anos, desde que o Fórum Económico Mundial existe, não me lembro de ter de fazer face a tantos problemas ao mesmo tempo", disse Klaus Schwab, o presidente da instituição.
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