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Oferta fora de bolsa da UnitedHealth causa "perturbação do mercado"

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) justificou o prolongamento do prazo da oferta pública de aquisição da Fidelidade sobre a Espírito Santo Saúde (ESS) pela "perturbação do mercado" criada pela oferta fora de bolsa da UnitedHealth Group (UHG).

Oferta fora de bolsa da UnitedHealth causa "perturbação do mercado"
Notícias ao Minuto

20:37 - 09/10/14 por Lusa

Economia OPA/ES Saúde

"Com a apresentação de uma proposta vinculativa, e tendo sido quebrada a confidencialidade da negociação, com publicação de notícias nos meios de comunicação social, deve considerar-se: existir uma perturbação da oferta pública em curso, e existir o intuito, por parte da UHG de, através desta estratégia negocial, alcançar os mesmos objetivos de uma oferta pública de aquisição concorrente, sem cumprir os requisitos do respetivo quadro legal", salientou o supervisor num esclarecimento prestado à Lusa.

A entidade liderada por Carlos Tavares sublinhou que a proposta apresentada pela UHG "dirige-se, indiretamente, aos mesmos destinatários da Oferta em curso, lançada pela Fidelidade, condicionada à aceitação prévia do acionista de controlo da ESS (aliás, à semelhança do que sucede com a Oferta em curso, condicionada à aceitação do acionista de controlo)".

Logo, segundo a CMVM, esta situação teve "o efeito inegável de fazer surgir dúvidas no mercado, e, em particular, nos destinatários da Oferta em curso".

O supervisor reforçou que "os eventos descritos causam uma indesejável perturbação do mercado, não permitindo a verificação das condições necessárias para a tomada de decisões de aceitação fundamentadas por parte dos destinatários da Oferta".

E vincou que cabe à CMVM assegurar que os acionistas da ES Saúde "não só dispõem de informação fidedigna e clara, conforme legalmente exigido, mas ainda que têm condições para assimilar essa informação devidamente, de forma a basear nela as suas decisões de investimento".

De acordo com a CMVM, "é absolutamente indesejável que os destinatários de uma oferta pública se vejam compelidos a aceitar ou rejeitar a mesma num contexto de incerteza relativamente à situação fática prevalecente, por força da existência de fatores externos à própria Oferta e que são perturbadores da mesma".

Por outro lado, realçou, "não deixa de ser verdade que a existência de negociações paralelas de caráter privado com o acionista de controlo da ESS coloca esta acionista numa posição diferenciada relativamente aos demais investidores detentores de ações da ESS, o que gera uma assimetria de informação indesejável e igualmente perturbadora do mercado e do regular processamento da Oferta".

A CMVM prorrogou hoje o prazo da OPA da Fidelidade sobre a ESS até 14 de outubro. Entretanto, a Fidelidade reviu em alta a contrapartida oferecida, de 4,82 euros para 5,01 euros por ação (enquanto o UHG oferece um valor unitário por ação de 5 euros).

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