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"Convém negociarmos agora o pagamento da dívida do FMI"

?Ir ao mercado aberto buscar dinheiro para se reembolsar o FMI é mais fácil e ainda é melhor que ir de novo bater à porta das instituições europeias para pedir novos financiamentos que seriam usados para pagar ao FMI?, disse José Gomes Ferreira em comentário ao Expresso, acrescentando que não é uma altura para esperar porque os "mercados não esperam, são como o vento".

"Convém negociarmos agora o pagamento da dívida do FMI"
Notícias ao Minuto

19:09 - 29/08/14 por Notícias Ao Minuto

Economia José Gomes Ferreira

O subdiretor de Informação da SIC, José Gomes Ferreira, escreveu um artigo de opinião para o Expresso onde comentou a situação financeira de Portugal em que admitiu que esta é uma boa altura para ser negociado o pagamento da dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Durante a semana que agora acaba, os juros das obrigações de dívida soberana portuguesa, a dez anos, chegaram a cair abaixo dos 3%, mantendo-se agora muito ligeiramente acima deste valor mínimo. A política financeira de austeridade seguida em Portugal, conjugada com as declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE) no sentido de admitir a compra de ativos em mercado secundário, isto é, de atribuir estímulos à economia da Zona Euro, tornaram sustentável a descida das yields da dívida portuguesa”, indiciou o jornalista.

Com elogios à governação de Passos Coelho, José Gomes Ferreira indicou que foi a austeridade, a conjugação da política nacional e a nova atitude do BCE que teve este efeito positivo pois “sem austeridade, nunca teríamos as taxas de juro em mercado secundário no nível que estão”.

“Qual a possibilidade de financiamento de Portugal em mercado aberto?”, questionou ainda, no texto publicado na edição diária do Expresso. “A taxa de juro do empréstimo do FMI, no valor de mais de 24 mil milhões de euros e com cerca de sete anos de maturidade média, é de 3,7%, substancialmente acima da taxa anual do mercado financeiro aberto”, garante.

Para ser possível negociar a dívida do FMI, o jornalista apresenta como solução o IGCP, que "pode e deve fazer agora um conjunto de emissões de Obrigações do Tesouro, de valor substancial, que sirvam para constituir uma almofada financeira igual à dívida de Portugal ao FMI. E o Ministério das Finanças deve informar rapidamente o Eurogrupo e o Ecofin desta intenção de reembolsar antecipadamente o FMI”.

Quanto aos que propõem uma restruturação da dívida pública, José Gomes Ferreira considera-os irresponsáveis e explica que “esta não é uma reestruturação à vossa maneira nem pelas razões que invocam!", exclamou, acrescentando que "esta é uma medida para baixar uma parte do custo da dívida pública, usando as mesmas armas do mercado financeiro: novas emissões em mercado aberto. E essas emissões só são possíveis porque Portugal fez austeridade, reduziu o défice das contas do Estado e, por isso, está a colher os benefícios em juros menores”, concluiu.

José Gomes Ferreira deixou ainda o alerta de que “convém não demorarem muito a pensar… os mercados não esperam, são como o vento. É de aproveitar para fazer a sementeira, quando o vento sopra do lado certo”, rematou.

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