Mercado de trabalho responde à subida do salário mínimo para mil euros
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse hoje que a evolução do salário mínimo deve acompanhar "preferencialmente" a inflação e produtividade, notando que as condições do mercado de trabalho permitem aumentá-lo para os 1.000 euros até 2028.
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Economia Finanças
O Programa do Governo mantém a meta que tinha sido avançada pela AD durante a campanha eleitoral, prometendo subir o salário mínimo para os 1.000 euros no final da legislatura, em 2028, com aumentos baseados na inflação e nos ganhos de produtividade.
Entrevistado hoje na RTP1, Miranda Sarmento foi questionado sobre se esta meta estaria em risco caso a inflação e a produtividade não suportassem a subida para aquele valor até 2028.
Na resposta, o ministro das Finanças referiu que o alinhamento pelos indicadores da inflação e produtividade é numa perspetiva de longo prazo, sendo que o patamar dos 1.000 euros está alinhado com as previsões do Governo.
"O que dizemos é que preferencialmente a evolução do salário mínimo ao longo do tempo - e estou a falar no longo prazo - deve acompanhar a produtividade e a inflação, mas face às condições atuais do mercado de trabalho, à data de hoje, temos o compromisso de o colocar nos 1.000 euros em 2028, o que está alinhado com as nossas previsões", referiu o ministro.
Miranda Sarmento admitiu que, mesmo que se venha a verificar alguma diferença face às projeções, haverá forma de acomodar aquela subida, porque o "mercado de trabalho hoje responde a esses aumentos do salário mínimo".
O ministro reforçou, contudo, que o salário mínimo é um tema que tem de ser sempre antes discutido com os parceiros sociais em sede de Concertação Social.
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